Análise: Crítica da razão pura - Kant
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QUADRO DE REFERÊNCIA DO AUTOR
Immanuel Kant foi filósofo alemão que nasceu viveu e morreu em Konisberg, uma cidade da Prússia Oriental (Alemanha). Filho de um comerciante de descendência escocesa recebeu uma educação pietista Luterana e frequentou a Universidade como estudante de filosofia e matemática. Em 1755, conseguiu seu doutorado e a docência universitária ingressando na Universidade de Königsberg na qualidade de livre-docente, período no qual se dedicou ao ensino.
A obra de Kant pode ser dividida em dois períodos fundamentais: o pré-crítico e o critico.
O primeiro (até 1770) corresponde à filosofia dogmática, influênciada por Leibniz e Wolf. Realiza importantes estudos na área das ciências naturais e da física de Newton. Entre as obras deste período, destaca-se a História Universal da Natureza e Teoria do Céu (1755).
O segundo período corresponde ao despertar do "sono dogmático" provocado pelo impacto que nele teve a filosofia de Hume. Escreve então obras como a Crítica da Razão Pura, (que terá sua parte introdutória analisada no presente trabalho). Crítica da Razão Prática e Critica da Faculdade de Julgar, nas quais demonstra a impossibilidade de se construir um sistema filosófico metafísico antes de ter previamente investigado as formas e os limites das nossas faculdades cognitivas.
Respondendo às questões colocadas por Hume, afirmou que todo o conhecimento começa com a experiência, mas não deriva todo da experiência. A faculdade de conhecer tem uma função activa no processo do conhecimento. Este não representa as coisas como são em si mesmas, mas sim como são para nós. A realidade em si é incognoscível, tal como Deus. Esta teoria irá permitir a Kant fundamentar o dualismo "coisa em si" e o "fenómeno" (o que nos é dado conhecer). Concepção que irá ter profundas repercussões na filosofia e teologia até aos nossos dias. [1]
Após um declínio gradual que foi muito doloroso para seus amigos tanto quanto para ele próprio, Kant morreu em Königsberg em 12 de fevereiro de 1804. Suas últimas palavras foram "isto é bom".
TESES:
Tese 1
... Não podemos conhecer nenhum objeto como coisa em si mesma, mas somente quando for objeto da intuição sensível, isto é, como fenômeno; disso se segue é bem verdade, a limitação de todo o possível conhecimento especulativo da razão aos meros objetos da experiência. P. 43
Tese 2
Todavia note-se bem, será sempre possível ressalvar que, se não podemos conhecer estes mesmos objetos como coisas em si mesmas, temos pelo menos que poder pensá-los. P. 43
Tese 3
A critica não é contraposta ao procedimento dogmático da razão no seu conhecimento puro da como ciência, mas ao dogmatismo, isto é, a pretensão de progredir apenas com um conhecimento puro a partir de conceitos (o filosófico) segundo princípios há tempo usados pela razão, sem se indagar, contudo de que modo e com que direitos se chegou a eles.
Tese 4
Embora todo o nosso conhecimento comece com a experiência nem por isso todo ele se origina justamente da experiência. P. 53
Tese 5
Conhecimento a priori entenderemos não os que ocorrem de modo independente desta ou daquela experiência, mas absolutamente independente de toda a experiência. P. 54
Tese 6
... Aqueles que são possíveis apenas a posteriori, isto é, por experiência. P. 54.
Tese 7
O que importa aqui é um traço pelo qual possamos distinguir de modo seguro um conhecimento puro de um empírico. P. 54
Tese 8
Muito mais significativo que todo o procedente é o fato de que certos conhecimentos abandonam mesmo o campo de todas as experiências possíveis e parecem estender o âmbito dos nossos juízos acima de todos os limites da experiência mediante conceitos aos quais em parte alguma pode ser dado um objeto correspondente na experiência. P. 56
Tese 9
Juiz analíticos (os afirmativos) são, portanto aqueles que a conexão do predicado com o sujeito for pesada por identidade; aqueles porem que essa conexão for pesada sem identidade, devem denomina-se juízos sintéticos. P. 58
Tese 10
Ora, sobre tais princípios sintéticos, isto é, princípios de ampliação, repousa todo o objetivo ultimo do nosso conhecimento especulativo a priori. P. 59
Tese 11
A critica da razão conduz por fim necessariamente à ciência; o uso dogmático da razão sem critica conduz, ao contrario, a informações infundadas às quais se pode contrapor outras igualmente aparentes, por conseguinte ao ceticismo. P. 64
Tese 12
Portanto, todas as tentativas feitas até agora para realizar dogmaticamente uma metafísica podem e têm que se encarar como não ocorridas. P. 64
Tese 13
Denomino transcendental todo conhecimento que em geral se ocupa não dos objetos, mas com o nosso modo de conhecimento de objetos na medica em que este deve ser possível a priori. P. 65
Tese 14
Afirmamos a realidade empírica do espaço (com vistas a toda possível experiência externa) e não obstante a sua idealidade transcendental, isto é, que ele nada tão logo deixamos de lado a condição da possibilidade de toda a experiência e o admitimos como algo subjacente às coisas em si mesmas. P. 76
IMPLICAÇÕES DAS TESES:
Implicações
Para Kant só podemos conhecer aquilo que aparece, experiência do sensível. Experimentamos através das lentes das nossas categorias de pensamento a priori. [1] Para conhecer um objeto requerer-se-á que eu possa provar sua possibilidade, seja por meio da experiência, conhecimento a posteriori, seja a priori pela razão. Como diria Sproul ao falar sobre Kant: “nunca podemos perceber diretamente o objeto em si sem o que a experiência traz à mente”. [2]
Implicações
Segundo Sproul Kant não diz que o mundo fenomenal não é real, somente que nosso conhecimento é limitado a ele. [3] Como já dito Experimentamos através das lentes das nossas categorias de pensamento a priori. [4] Eu posso pensar neles desde que não me contradiga. [5]
Implicações
Para Kant deveríamos nos contrapor ou “despertar do dogmatismo”, isto é, indagar, antes de tudo, se a metafísica é possível e, se for, em que condições é possível. Para Chauí “despertar do dogmatismo é elaborar uma crítica da razão teórica, isto é, um estudo sobre a estrutura e o poder da razão para determinar o que ela pode e o que ela não pode conhecer verdadeiramente”. [6]
Implicações:
Aqui Kant faz uma critica ao empirismo que acreditava que o conhecimento era fruto unicamente da experiência. Kant combate esta idéia e mostra que o conhecimento é fruto tanto da experiência quanto da razão e que estas duas coisas andam de mãos dadas e não podem jamais se divorciarem. Como diz Colin Brown Kant representa “o clímax do racionalismo e empirismo do século XVIII”. [7] “Ele concordava que o nosso conhecimento começa com a experiência, mas a totalidade do conhecimento não surge da experiência”. [8]
Implicações
Para Kant Distingue duas formas de conhecimento, o a priori e o posteriori. Para ele o primeiro, ao contrario do segundo não depende de nenhuma experiência sensível e distingue do segundo pela universalidade e necessidade. Como por exemplo: “A linha reta é a distancia mais curta entre dois pontos”. [9]
Implicações
Para Kant o conhecimento a posteriori é o conhecimento empírico, que é possível somente pela experiência, todavia ele não é o conhecimento puro. Neste o objeto é adquirido de forma progressiva e através de experimentos.
Implicação:
O objetivo de Kant é o de distinguir o conhecimento a priori do conhecimento a posteriori. Kant buscar uma filosofia que respondesse tanto aos racionalistas que diziam que ensinavam que a única fonte de conhecimento era a razão, e os empiristas que acreditava que a fonte do conhecimento estava na experiência.
Implicações:
Para Kant o conhecimento que esta acima do limite experimental, ou seja o numenal, não podem ser conhecido de forma plena, pois não pode ser “um objeto correspondente na experiência”, e logo não é um objeto empírico.
Isso implica com todo vigor, que não podemos conhecer a Deus, porque este objeto, Deus, nunca se nos apresenta intuitivamente. Teremos, certamente, o seu conceito, mas não o seu conhecimento imediato, pois não é Deus um objeto sensível, um fenômeno, cuja intuição nos seja acessível e logo possivel.
Implicações
Para Kant um juízo é analítico é quando o predicado do enunciado nada mais é do que a explicitação do conteúdo do sujeito do enunciado. Quando, porém, entre o sujeito e o predicado se estabelece uma relação na qual o predicado me dá informações novas sobre o sujeito, o juízo é sintético, isto é, formula uma síntese entre um predicado e um sujeito. [10]
Por exemplo, “um dia Chuvoso é um dia úmido – temos uma declaração analítica, pois a noção de úmido já está contida naquela de um ‘dia chuvoso’. É uma declaração necessariamente verdadeira. Mas dizer ‘terça-feira foi um dia úmido’ é fazer uma declaração sintética, pois tais declarações não são necessariamente verdadeiras”. [11]
Implicações
Para Mondin os princípios sintéticos é uma das grandes descobertas de kant [12] e é também uma das grandes descobertas da epistemologia. Chauí explicando esta questão escreve:
“... vimos que os fatos estão sob a suspeita de Hume, isto é, fatos seriam hábitos associativos e repetitivos de nossa mente, baseados na experiência sensível e, portanto, um juízo sintético jamais poderia pretender ser verdadeiro de modo universal e necessário. Introduz a idéia de juízos sintéticos a priori, isto é, de juízos sintéticos cuja síntese depende da estrutura universal e necessária de nossa razão e não da variabilidade individual de nossas experiências. Os juízos sintéticos a priori exprimem o modo como necessariamente nosso pensamento relaciona e conhece a realidade. A causalidade, por exemplo, é uma síntese a priori que nosso entendimento formula para as ligações universais e necessárias entre causas e efeitos, independentemente de hábitos psíquicos associativos”. [13]
Aqui se encontra uma das principais razões pela qual Kant se propõe escrever este tratado bem como o seu método. O propósito de Kant era analisar a verdade totalmente livre de qualquer tipo de pressupostos. Seu método é a "crítica", isto é, a análise reflexiva. Consiste em remontar do conhecimento às condições que o tornam eventualmente “legítimo”, “puro”.
Para Kant o conhecimento estava no objeto quando este estava ligado ao sujeito, em uma harmonia comum. Para Mondim a noção de transcendental não se afasta muito da noção clássica e medieval, segundo a qual transcendental é aquilo que compete a qualquer ser enquanto ser, isto é, são as condições às quais deve estar sujeita qualquer coisa para existir. Ou seja, são as condições às quais deve estar sujeito de qualquer objeto para ser conhecido. [15]
AVALIAÇÃO CRÍTICA DAS TESES E DE SUAS IMPLICAÇÕES.
Avaliação
Avaliação
Avaliação
Avaliação
Avaliação
Concordo com Kant que o conhecimento empírico seja o a posteriori e de igual modo por não ter tomado um caminho extremo de eleger um e preterir o outro.
Avaliação
Concordo com Kant, pois esta distinção é didática e pedagógica, pois analisando de forma separa fica, porém sem que haja um divorcio entre ambos, é melhor para entendê-los e assim achar os pontos em comum e logo de contatos entre os dois tipos de conhecimento.
Avaliação
Como diz Tomás de Aquino o Deus numenal é conhecido pelo fenomenal e por intermédio deste. Por essa razão discordo mais uma vez de Kant, pois podemos conhecer o que vai além de nossa razão ou experiência, quando esse conhecimento diz respeito a pessoal de DEUS. Citando Paulo mais uma vez vemos que “... o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis”; Rm. 1. 19, 20.
Avaliação
Concordo com Kant a distinção dos julgamentos analíticos e sintéticos foram de grande valia para a epistemologia. Pois através do julgamento analítico podemos chegar uma declaração necessariamente verdadeira.
Avaliação
De fato os juízos sintéticos foi uma das grandes teses de Kant e a de se concordar que os mesmos não são verdades universais ou declarações necessariamente verdadeiras no geral e sim no partilular.
Avaliação
Concordo com Kant, pois de fato precisamos analisar dos as coisas de maneira critica e reflexiva, e a de se admitir que conhecimento sem analises critica pode leva-nos a afirmações e idéias infundadas, deixando-nos a beira das falácias.
Avaliação
Pouco conhecimento sobre o assunto faz-se presente em mim para esta avaliação, mas se fato a metafísica estava apegada ao dogmatismo irreflexivo, a de se concordar com a crítica de Kant. Pois, o dogmatismo irreflexivo é tradição e não ciência viva e dinâmica.
Avaliação
Concordo com Kant que podemos experimentar este conhecimento através das lentes das nossas categorias de pensamento a priori. Discordo, todavia na implicação que esta tese terá em relação a tese oposta a esta, isto é não podemos conhecer “coisa em si”, pois, não entra na forma da sensibilidade e esta fora do alcance de nossos sentidos.
Avaliação
Discordo quando Kant diz que o conhecimento nada é quando deixamos de lado o que é empírico que por sua vez é determinado pela experiência. Dizer que só podemos conhecer o que esta distante de nossos sentidos é como faz Kant negar a possibilidade de conhecermos a Deus. O que por sua vez é uma crítica da razão impura, contaminada pelo pecado
[1] Cf. LADEIA, Donizeti Rodrigues. As Origens do Pensamento Moderno e a Idéia de Modernidade.
História da filosofia. Anotações da aula. Seminário JMC. 2008. PowerPoint, Slide 25.
[3] Ibid e idem
[4] Cf. LADEIA, Donizeti Rodrigues. As Origens do Pensamento Moderno e a Idéia de Modernidade.
História da filosofia. Anotações da aula. Seminário JMC. 2008. PowerPoint, Slide 25.
[5] Cf. ROHDEN, Valerio. KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Trad. Valerio Rohden e Udo B. Moosburger. São Paulo: Nova Cultural, 1991. Nota 1. (Coleção Os Pensadores)
[6] CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 12a. ed. São Paulo: Ática, 2001. P 231.
[7] BROWN, Colin. Filosofia & Fé Cristã. São Paulo. Ed. Vida Nova, 1999. p. 61.
[8] Cf. LADEIA, Donizeti Rodrigues. As Origens do Pensamento Moderno e a Idéia de Modernidade.
História da filosofia. Anotações da aula. Seminário JMC. 2008. PowerPoint, Slide 19.
[9] CHAUÍ, Marilena, Vida e obra. KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Trad. Valerio Rohden e Udo B. Moosburger. São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Coleção Os Pensadores). P. 7.
[10] Ver: CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 12a. ed. São Paulo: Ática, 2001. 76 – 79.
[11] Cf. LADEIA, Donizeti Rodrigues. As Origens do Pensamento Moderno e a Idéia de Modernidade.
História da filosofia. Anotações da aula. Seminário JMC. 2008. PowerPoint, Slide 21.
[12] MONDIN,
[13] CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 12a. ed. São Paulo: Ática, 2001. P. 103, 104.
[14] CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 12a. ed. São Paulo: Ática, 2001. P.
[16] Cf. LADEIA, Donizeti Rodrigues. As Origens do Pensamento Moderno e a Idéia de Modernidade.
História da filosofia. Anotações da aula. Seminário JMC. 2008. PowerPoint, Slide 24.
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