Tempos pós-modernos
O Humanismo saiu da arena principal, o modernismo não conseguiu assumir o seu lugar e o grande gigante que se levantou para a guerra foi o “pós-modernismo”. Sabemos de onde ele veio, mas, quem ele realmente é não podemos dizer com clareza. Uns o chama de “relativismo”, outros de “secularismo”, e há os que o conhece por “pluralismo”. A verdade é que ele responde por todos esses nomes, pois ele próprio prega uma vida sem identidade.
Esse gigante representa uma comunidade sem crença, tradição e identidade e totalmente perdida. Os ataques são principalmente à identidade individual e os valores universais. Esse ataque não é apenas no meio acadêmico como pensa o sistema intelectual, mas também sobre os seres humanos. Pois a sociedade é um reflexo do pensamento acadêmico. Somos o que pensamos. Por isso as pessoas comuns são afetadas pela condição contemporânea.
“Antes de mais nada, cabe-nos não nos deixarmos enfeitiçar pela nova embalagem, e reconhecermos o produto. Uma vez desmascarado o pós-modernismo, cabe-nos avaliá-lo com calma e propriedade por aquilo que ele de fato é. Os grandes filósofos pós-modernos não são essencialmente diferentes dos críticos da modernidade que os antecederam; eles são apenas mais consistentes em sua rejeição dos pressupostos iluministas, em sua absorção da revolução epistemológica kantiana, e em sua reinterpretação do pensamento dialético. Em segundo lugar, cabe-nos desenvolver uma autocrítica biblicamente orientada que nos permita avaliar onde e quanto da nossa teologia foi e continua sendo influenciada por filosofias espúrias, sejam elas de cunho iluminista ou neo-kantiano. Modernos, pós-modernos ou hipermodernos, cabe-nos trazer todo argumento aos pés da cruz, à obediência de Cristo (2 Co 10.4-5), pois quando todas as palavras humanas estiverem esquecidas nas areias das civilizações derribadas, o Verbo de Deus permanecerá. A tua palavra é a verdade (João 17.17)”. [1]
[1] Ricardo Quadros Gouvêa, "A Morte e a Morte da Modernidade: Quão Pós-moderno é o Posmodernismo?"
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