Avivamento: Realidade do passado necessidade do presente.
Vivemos em uma época em que muitos irmãos têm almejado um avivamento; alguns se arrepiam imediatamente quando ouvem falar do assunto; outros logo exclamam: “Isso é coisa de pentecostal!” Tudo isso porque apesar do avivamento ser algo totalmente bíblico, há muita confusão quanto ao seu significado. Há uma falta de discernimento quanto o que é e o que não é avivamento.
Muitos crentes devido à ignorância do assunto confundem avivamento com euforia, mudança doutrinária baseada em sonhos ou revelações extrabíblicas, campanhas evangelísticas ou, ainda, como uma nova onda do momento, desprezando a Bíblia e a História da Igreja.
Este trabalho visa, à luz da Bíblia e da História da Igreja, clarear nossa mente sobre o que é o genuíno avivamento, mostrar os perigos das distorções doutrinárias em nome do avivamento e despertar a igreja para buscá-lo e preparar o caminho da sua chegada.
Não pretendemos aqui, trazer qualquer inovação sobre o assunto, mas restaurar as verdades bíblicas e históricas que estão esquecidas.
Que o Espírito do Avivamento sopre em nosso coração a fagulha que está preste a apagar!
A Deus toda glória!
Avivamento: Realidade do passado necessidade do presente.
Sumário
Não é resultado da ação da igreja.
Não é manifestação de dons sem o fruto.
Não é a última moda da igreja!
DEFINIÇÕES DE AVIVAMENTO NO DECORRER DA HISTÓRIA
II - ESVASIANDO DE SI MESMO PARA ENCHER-SE DE DEUS
III – VIDA ABUNDANTE DE ORAÇÃO
IV - VOLTANDO À PALAVRA E PREGANDO-A COM PODER
V – LONGE DO PECADO, PERTO DE DEUS.
Vivemos em uma época em que muitos irmãos têm almejado um avivamento; alguns se arrepiam imediatamente quando ouvem falar do assunto; outros logo exclamam: “Isso é coisa de pentecostal!” Tudo isso porque apesar do avivamento ser algo totalmente bíblico, há muita confusão quanto ao seu significado. Há uma falta de discernimento quanto o que é e o que não é avivamento.
Muitos crentes devido à ignorância do assunto confundem avivamento com euforia, mudança doutrinária baseada em sonhos ou revelações extrabíblicas, campanhas evangelísticas ou, ainda, como uma nova onda do momento, desprezando a Bíblia e a História da Igreja.
Este trabalho visa, à luz da Bíblia e da História da Igreja, clarear nossa mente sobre o que é o genuíno avivamento, mostrar os perigos das distorções doutrinárias em nome do avivamento e despertar a igreja para buscá-lo e preparar o caminho da sua chegada.
Não pretendemos aqui, trazer qualquer inovação sobre o assunto, mas restaurar as verdades bíblicas e históricas que estão esquecidas.
Que o Espírito do Avivamento sopre em nosso coração a fagulha que está preste a apagar!
A Deus toda glória!
I - O QUE É REAVIVAMENTO
Sempre que voltamos das férias para as aulas no Instituto, ouvimos vários relatos das experiências de campo. E em muitos desses relatos ouço vários comentários como: “Jailson trabalhei em uma igreja que é uma bênção, uma igreja avivadíssima. Você precisava ver lá o louvor é quase uma hora, todo mundo bate palmas, é aquela animação. O culto chega a me emocionar. Olha! que igreja avivada!” Relatos como este me fez perceber que há muitas pessoas sinceras, mas totalmente equivocadas acerca deste importante assunto.
O fato é que o termo “avivamento” tem sido grotescamente mal entendido. Nunca houve uma época em que a palavra “avivamento” precisasse ser mais claramente definida como em nossa época. Por isso, não há como falarmos sobre avivamento sem termos em mente o que é, de fato, avivamento bíblico e histórico! E para clarear nossa mente, precisamos definir o que não é avivamento.
O QUE NÃO É AVIVAMENTO
Para definirmos o que não é avivamento, consideraremos cinco coisas que mesmo não tendo forma ou aparência é confundida com avivamento. Vejamo-las:
Avivamento não é uma ação isolada da igreja. A Igreja não é o agente que promove ou faz o avivamento. “A Igreja não produz o vento do Espírito; ela só pode içar suas velas em direção a esse vento” [1] Por isso, os homens que almejam o avivamento jamais podem trazê-los por sua própria energia e vontade. Jamais pode o homem, por mais piedoso, santo e dedicado a obra do Senhor, produzir vida nos que dormem, porque o único Autor do avivamento é Deus. É Ele que soberanamente e por sua livre graça derrama do seu Espírito Santo sobre o seu povo, e, Ele somente!
Todavia, isso não anula a responsabilidade da Igreja. O avivamento jamais virá, se a Igreja não buscar e preparar o caminho para a sua chegada. Isso não é difícil de nós entendermos, é só lermos a Bíblia e a História da Igreja, e veremos que só houve avivamento quando o povo se humilhou, orou, se santificou e se converteu da impiedade para a piedade. Preparando, assim, o canal das águas do Espírito.
Foi assim que aconteceu com Esdras, Neemias, com os apóstolos no Pentecostes; foi assim que aconteceu com os valdenses na França no século XII; na Boemia; na Reforma no século XVI, com Lutero, Calvino, Zwinglio, com os morávios, nos séculos XVII e XVIII, na Nova Inglaterra, com Jonathan Edwards, na Escócia e País de Gales, com Finney e Moody.
Produzir avivamento é um ato de Deus, buscar e preparar o Caminho é um ato da Igreja!
Muitos são os movimentos que, com base em emoções antropocêntricas, dizem viver um verdadeiro avivamento. São grupos que descartam a teologia e sã doutrina e dizem viver um avivamento fundamentado em sonhos e visões de pessoas que dizem ser “espirituais”. Em cultos que são shows antropocêntricos. Todavia avivamento não é mero emocionalismo ou mudança doutrinária. Pois o genuíno avivamento está fundamentado na sã doutrina das Sagradas Escrituras. Como bem disse o Rev. Hernandes Dias Lopes “o avivamento precisa estar dentro das balizas da Bíblia e não dentro dos muros de revelações subjetivas, produto muitas vezes da carne”.[2]
Avivamento sem doutrina é fogo de palha e não fogo do Espírito. O avivamento está norteado pelas Sagradas Escrituras e não por experiências humanas e antropocêntricas, ou seja, mero emocionalismo.
Muitos crentes confundem avivamento com forma de culto, onde todos em uma liturgia e louvor animados, com coreografias, gingos, palmas, gritam aleluias e dizem estar sentindo e até vendo a Deus e experimentando do fogo do Espírito, todavia parece mais um fogo estranho perante o altar do Senhor.
Não estou aqui fazendo uma crítica aos irmãos pentecostais ou aos neopentecostais.O que não creio é que avivamento seja sinônimo de culto e louvor animado. Pois o louvor sem obediência e santidade é uma ofensa a Deus e barulho aos Seus ouvidos. E Ele deixa bem claro isso quando diz: “afasta de mim o estrepito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras” (Amós 5:23). Avivamento não é sinônimo de culto animado, mas de culto ungido.
Muitos cultos são pomposos e animados, um verdadeiro show das 19:30 horas, porém, não são ungidos. Todavia, Avivamento também não é sinônimo de ortodoxia morta, há cultos solenes, mas sem vida. “Não há nada mais solene do que um cadáver. Há cultos solenes, porém mortos”.[3]
Avivamento não é mudança da forma de cultuar, mas da forma de viver.
Não é manifestação de dons sem o fruto.
Muitas pessoas confundem o avivamento e até o limita a milagres, curas e exorcismos, chegando a dizer que só há avivamento onde há uma constante manifestação de dons carismáticos. Todavia, isso não é o cerne de avivamento, “uma igreja pode ter todos os dons sem ser uma igreja avivada. O que caracteriza o avivamento não são os dons do Espírito e sim os frutos do Espírito”.[4]
E esta verdade é visível na Igreja de Corinto que era cheia de dons, mas vazia do Espírito, a ponto do apóstolo Paulo considerá-la espiritualmente um “bebê”. Uma igreja tão cheia de dons quanto de partidarismo, contendas, imoralidades. Uma igreja carismática, entretanto, não tinha carisma nem simpatia de Deus.
No avivamento, a ênfase não está nos dons, mas sim no fruto do Espírito. Nem sempre manifestação de dons carismáticos é sinônimo de avivamento. Há muitas igrejas que tem muitos dons, mas poucos dotes divinos. Tem muitas manifestações de dons, mas pouca manifestação de vida. Cheios de curas físicas, mas pouca cura espiritual. Cheios de dons do Espírito, mas vazias do fruto do Espírito. Avivamento não é manifestação de dons, porém, manifestação de uma nova vida em Cristo.
Não é a última moda da igreja!
Muitos crentes vêem o avivamento como a onda e moda do momento, como a mais nova e moderna inovação, confundindo avivamento com modismo ou até mesmo o mais novo “vento de doutrina”. Lembro-me de que quando comecei a estudar sobre avivamento muitos chegaram a dizer: “O Jailson está ficando pentecostal”. O fato é que por ignorarem tal assunto o confundem com mais um modismo pentecostal.
No dizer do Dr. Hernandes Dias Lopes, “os que assim pensam certamente não estudam com critério a Bíblia, nem a história da Igreja”.[5] Avivamento nunca foi nunca será modismo, pois é uma verdade clara e incontestável na Bíblia Sagrada e na Historia da Igreja. Basta olhar para os grandes avivamentos, na época de Ezequias, Josias, Esdras, Neemias, com os apóstolos no Novo Testamento, bem como, outros avivamentos já citados no item 1 deste capitulo. Avivamento não é a mais nova e moderna inovação do momento, mas que o genuíno avivamento é algo alicerçado nas Escrituras.
Vimos, então, o que não é avivamento, com o propósito de clarear a nossa mente para definirmos o que é o genuíno avivamento bíblico e histórico.
DEFINIÇÕES DE AVIVAMENTO NO DECORRER DA HISTÓRIA
A melhor maneira de definirmos avivamento é entendendo como ele foi compreendido na História da igreja. Por isso, deixaremos que as testemunhas oculares o definam.
G. J. Morgan exprime-se dizendo que avivamento é: “despertar de novo na humanidade a consciência de Deus, mediante a presença interior do Espírito Santo” [6]
Arthur Wallis diz ser: “a intervenção divina no curso normal das coisas espirituais. É Deus revelando-se ao homem, em solene santidade e irresistível poder”.[7]
Joseph W. Kempe diz que avivamento é sinônimo de: “reanimar aquilo que já tinha vida, mas que caiu no estado de declínio”. [8]
D. M. Panton define ser: “o Espírito Santo enchendo um corpo preste a tornar-se um cadáver”.[9]
O Dr. Martin Lloyd-Jones define como sendo: “dias de céu sobre a terra”[10]
Na ótica de David A. Womack, “avivamento é um estado espiritual no qual os crentes se chegam mais perto de Deus, arrependem-se e purificam-se de acordo com os padrões bíblicos de santidade, são cheios com o Espírito Santo, esperam e experimentam manifestações sobrenaturais e cooperam juntos para glorificar a Deus, identificar-se uns aos outros e evangelizam perdidos para Cristo”[11]
Avivamento é o despertar de Deus em nossas vidas para vivermos o verdadeiro cristianismo, e sermos considerados, de fato, cristãos tais como os discípulos em Antioquia.
SENTIDO BÍBLICO DA PALAVRA
A palavra “avivamento” não ocorre na Bíblia; o verbo “avivar” é empregado apenas uma vez nas versões bíblicas em português (Hc. 3.2, RC, AR e ARA). Biblicamente, a ideia da palavra avivamento vem do hebraico hy"x' “haya” e do grego avnazaw “anazao”. Ambas significam literalmente “vindo os mortos de volta à vida”
Em Hc 3:2, o profeta diz: “Senhor, ouvi falar da tua fama; tremo diante dos teus atos, Senhor. Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras...” (NVI). Esse clamor por parte do profeta é para que Deus realize novamente os mesmos atos de maravilha do passado.
Em II Tm. 1.6, o apóstolo Paulo escrevendo ao jovem pastor Timóteo diz: “[...] reavives o dom de Deus que há em ti...”. Reavives no original é avnazwpurei/n “anadzopurein” que significa “reinflamar”, “reatiçar”, o fogo do zelo visto nos dons espirituais pode apagar-se, ou pode tornar-se embotado e ineficaz, se alguém não tem cuidado do serviço apropriado dos mesmos, renovando-se sempre na dedicação a Cristo.
Apesar de não termos várias referências do termo avivamento, temos, por inferência várias palavras que são quase sinônimas da palavra avivamento. Tais como: “despertar”; “restaurar”; “vivificar”; (Ed. 1.5; Is. 51.9,17; Sl. 14.7; 19.7; 80.3,7,19; 119.25, 37, 40, 88, 107; 126.4).
O pecado é o grande obstáculo do avivamento. Deus jamais derramou do seu Espírito Santo onde o pecado subsiste, tanto de forma visível ou às escondidas no meio da tenda. Onde o pecado é aceso, o Espírito é apagado.Onde o pecado opera, Deus jamais opera. Onde o pecado vence, o povo perde. Onde o pecado é apenas contemplado e nunca tratado, o povo é derrotado.
Isso não é uma ideia minha, é só lermos a Bíblia e a história dos avivamentos que veremos que Deus só derramou do Seu Espírito quando o povo se humilhou, agonizou e, convicto do seu pecado, se voltou ao Senhor. Ninguém jamais teve uma Igreja viva, sem que primeiro morresse para o pecado. Ninguém jamais teve Aliança com Deus, sem que primeiro se divorciasse do pecado.
Por isso, só há avivamento se houver uma profunda convicção de pecado. Só há avivamento, quando o povo abre suas tendas para que Deus arranque do fundo o pecado (Josué 7:22-25). Só teremos tempo de alegria no Espírito, se estes forem precedidos de tempos de choro e lamento. Ah! Se chorassem os nossos pecados diante do Senhor, como os judeus choram diante do muro das lamentações.
Ah! Se chorassem os nossos pecados diante do Senhor, como os judeus choram diante do muro das lamentações.
Este deve ser o estado que devemos nos encontrar e o sentimento que devemos ter diante do pecado, estado de profunda humilhação e sentimento de profunda vergonha. Devemos ver o pecado como Deus o vê e abominá-lo como Deus o abomina.
William E. Allem, comentando sobre o avivamento da América, que começou em 1735, com Jhonatan Edwards diz: “eles tinham profundas convicções do mal do pecado e do perigo do estado de rebelião”.[12]
Jamais nos deleitaremos do avivamento, se seguirmos o ditado que diz: “Deus é brasileiro” e queremos em tudo dar um “jeitinho” brasileiro. Jamais o veremos, se não tratarmos o pecado como pecado, sem fazer distinção entre pecadinho e pecadão. “Os sábios da igreja apontam ‘sete Pecados Capitais’; porém, estão enganados, todos os pecados são Capitais”.[13] O pecado para Deus não tem nenhuma distinção para quem peca, resta a vergonha e a humilhação.
Enquanto não tratarmos o nosso pecado com choro e sem hipocrisia, jamais desfrutaremos do avivamento que traz alegria.
No dizer do profeta Joel, o que mais precisamos não de rasgar as nossas vestes em sinal de humilhação hipócrita, mas o nosso coração. Eis as palavras do Senhor que saíram dos Seus lábios: “Convertei-vos a mim de todo o coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração e não as vossas vestes, convertei-vos ao SENHOR vosso Deus...” (Joel 2:12, 13b).
O que precisamos não é de uma nova onda de louvor e animação, mas, sim, de uma nova onda de choro e lamentações. O que precisamos não é de uma nova emoção, mas, sim, de um novo coração.
Todos os dias de alegria no Espírito foram precedidos por tristeza no espírito. Todos os dias de alegria pelo derramamento do maná celestial, foram precedidos por dias de tristezas amargas, convicção do pecado carnal.
No despertamento de Mukti, na Índia, foi exatamente isso que aconteceu. Pandita Ramabai dá seu testemunho dizendo que em um culto onde ele expunha João 8, tal foi à atuação do Espírito Santo, que desde as crianças até as moças todas choravam amargamente, confessando seus pecados e tal era a convicção de pecado, que com lágrimas clamavam a Deus por perdão e purificação de seus pecados, e está foi a razão pela qual o avivamento pendurou por mais de um ano sendo uma bênção aos crentes da Índia.[14]
Quando o grande teólogo e avivalista Jonathan Edwards pregou seu célebre sermão “pecadores nas mãos de um Deus irado”, em 1741, o auditório gemia, chorava, agarrava-se aos bancos e caía ao chão, em choro convulsivo, tamanha era a convicção de seus pecados.
No avivamento no país de Gales, a Palavra de Deus era apresentada com tão grande poder que muitos no mesmo lugar em que estavam, clamou a Deus em alta voz pelo perdão, tamanha era a convicção de pecado.
No Despertamento na China, promovido por Deus por intermédio do Dr. Jonathan, Goforth tamanha foi à convicção de pecado, que o povo, durante quatro dias, em lágrimas, confessava e abandonava toda sorte de pecados. “O juiz local, tendo lido o noticiário, ficou curioso e [foi] assistir a um dos cultos, em trajes civis, e escutou a confissão de assassinatos, de roubos e de crimes de toda espécie. O seu espanto foi sem limite, pois como ele depois afirmou, teria de bater naquelas pessoas até quase matá-las para arrancar-lhe confissões como aquelas”.[15] Os cultos duravam horas e ainda havia dezenas de pessoas de lado de fora esperando para fazer sua confissão.
Só há avivamento na igreja, quando há quebrantamento na vida. Enquanto a igreja não se quebrantar, não se humilhar e não se conscientizar do gosto amargo do pecado, não desfrutará dos favos de mel celeste.
Vivemos em uma época, onde alguns pecados são mais amigos, que inimigos. Pecados de estimação que tiram de nós a unção. A igreja acha tudo normal. E quando é questionada diz: “não tem nada a ver”. Quantos são os crentes envolvidos com o jogo, e quando questionados dizem: “não tem nada a ver. Crente na verdade não joga, faz uma ‘fezinha’”.
Quantos crentes, para a nossa tristeza, têm se envolvido com sonegação de impostos e outras infidelidades ao governo e, uma vez questionados, dizem: “o homem que quis andar muito na linha, o trem pegou”.
Crentes que não têm o fogo do Espírito, mas têm o fogo na língua têm incendiado as igrejas com a maledicência. E ainda dizem: “apenas sou sincero no que penso”. Esses jamais entenderam o que Jesus diz em Mateus 7:1-5.
Quantos jovens que exaltam a Cristo durante o culto e quando saem da Casa do Senhor, vão para casas mundanas, como boates, barzinhos, danceterias e os pais ainda dizem: “É fase da juventude, logo, logo passa”.
O que precisamos na verdade é de sensibilidade para sentirmos o odor do pecado. Precisamos não só de uma campanha nacional de evangelização, mas também de uma campanha nacional de humilhação e confissão. Precisamos deixar de trilhar pelo mangue do pecado para nadarmos nas águas do Espírito.Precisamos sair das águas barrentas do mundanismo, e mergulharmos fundo nas águas claras do Cristianismo.
Há um ditado na Bahia que diz: “macaco não olha pro seu próprio rabo”. Esse ditado serve muito para nossas vidas, pois gostamos muito de olhar o que tem de errado lá fora e nos esquecemos do que tem de errado dentro de nós.
O Rev. Hernandes Dias Lopes, comentando sobre a vida do profeta Isaías escreve: “Isaías, antes de ter uma visão da santidade e glória de Deus, proferiu uma série de ‘ais’ contra os gananciosos (Is. 5:8), beberrões (Is. 5:11), blasfemos (Is. 5:18,19), pervertidos morais (Is. 5:20), soberbos (Is. 5:20) e alcoólatras farristas e inveterados (Is. 5:22). Entretanto, quando ele próprio se viu diante do trono do Deus Todo Poderoso, olhou não para fora, mas para dentro, e exclamou: ‘...ai de mim!...’ (Is. 6:5)”.[16]
O clamor da nossa alma deve ser à semelhança de Isaías: “ai de mim! Estou perdido!”.
Pedro reconheceu sua pecaminosidade, quando recebeu Jesus no barco, após o ter negado três vezes. E após receber o perdão e a graça de Deus, pregou o seu primeiro sermão da história da Igreja: três mil pessoas se converteram no avivamento do primeiro século.
Se quisermos o avivamento que vem do Céu, é mister muitas lágrimas, humilhação e quebrantamento aqui na terra. Precisamos acertar nossas vidas com Deus. Quando falo e escrevo isso não penso em ninguém mais, a não ser em mim mesmo. Quando leio a Bíblia e a história dos avivamentos, sinto-me como Paulo quando escreveu aos Romanos dizendo: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte!” (Rm 7:24).
Que a começar em mim, Deus renove a nossa sensibilidade com relação ao pecado e nos dê forças para resisti-lo. Que a minha e a sua oração sejam como a do grande avivalista Evam Roberts, no começo deste século: “Dobra-me Senhor!”. Que diariamente clamemos ao Deus do avivamento: “Senhor, dobra a minha vida! Para a Tua glória! Amém”.
III – VIDA ABUNDANTE DE ORAÇÃO
Não há como falarmos de avivamento sem falar de vida abundante de Oração, pois se lermos a Bíblia e a História da Igreja veremos que todo avivamento é precedido de Oração. “As chuvas torrenciais do Espírito não caem sem que os joelhos se dobrem”.[17] Isso, porque, sempre que há avivamento e atos sobrenaturais de Deus, há um ato natural da Igreja, chamado Oração.
E, para entendermos isso, é só lermos o livro de Atos apóstolos que veremos que por traz do grande avivamento e dos atos sobrenaturais que aconteceram na Igreja primitiva havia um ato natural chamado oração. Jonathan Edwards, o clássico teólogo do avivamento entendendo esta verdade disse que: “Quando Deus tem algo muito grande para realizar em favor da Igreja, o desejo dele é que esse ato seja precedido de orações extraordinárias do seu povo”.[18] Ele mesmo, antes de pregar o seu famoso sermão “Pecadores nas mãos de um Deus irado”, passou horas na presença do Senhor. E quando pregou, suas ovelhas viram-se em um estado de agonia e temor, tamanha era a unção das palavras que saíam dos seus lábios.
Não estou dizendo que Deus dependa de nós ou das nossas orações para agir de forma sobrenatural no meio de seu povo. Já dissemos que Ele é soberano e único Autor do avivamento, e quem age em nós para cumprir os seus propósitos. O que quero dizer é que jamais trilharemos o caminho do avivamento a não ser de joelhos e em Oração. O próprio Deus disse isso: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2 Cr 7:14) Deus não sarará a nossa terra e nós não desfrutaremos do bálsamo de Gileade, sem que primeiro nos humilhemos, oremos e busquemos a face do Senhor.
Por isso, não há avivamento sem vida abundante de oração. Jamais desfrutaremos das chuvas torrenciais do Espírito enquanto, à semelhança de Esdras, não rasgarmos as nossas vestes em sinal de humilhação e de joelhos clamarmos a nosso Deus, pelo nosso povo (Esdras 9:5-15).
Jamais desfrutaremos da presença do Senhor enquanto, à semelhança de Neemias, não chorarmos, lamentarmos e orarmos, dias e mais dias, ao Deus dos Céus (Neemias 1:4). Jamais teremos uma Igreja Santa e Viva enquanto à semelhança do profeta Habacuque, não nos alarmarmos com as declarações do Senhor e clamarmos: “aviva a tua obra ó Senhor,...” (Hc. 3:2). Jamais desfrutaremos das maravilhas do Senhor, enquanto não preservarmos diariamente unânimes no templo do Senhor (Atos 2: 42,46). Jamais nos deleitaremos do avivamento do céu, enquanto a oração não for prioridade na vida e na agenda da Igreja, aqui na terra!
O Dr. Chapman, entendendo esta verdade, diz: “Os avivamentos nascem na Oração. Noites inteiras de oração, sempre foram seguidas de dias inteiros de conquista de almas”.[19]
“Martinho Lutero não estava satisfeito com a religiosidade de seu tempo. Sentia uma profunda necessidade de maior espiritualidade, e isso o levou a passar mais tempo em oração quando era professor de Teologia na Universidade de Wittemberg. Certo dia, no final de 1512, ele se trancou numa sala da torre do Mosteiro Negro e ficou a orar sobre as verdades que estava descobrindo na Bíblia. E foi após esse período de oração e estudo Bíblico, que surgiu a Reforma”.[20]
Em 1904, o avivamento no país de Gales começou em uma reunião de oração, liderada por Evans Roberts, na pequena cidade de Lagour. Poucos meses depois, o Espírito de Deus varreu o país. Deus fez maravilhas porque o povo se curvou em oração.
Não foi diferente com o grande missionário David Brainerd: após dias e noites de oração, agonia e suor nas frias selvas americanas, experimentou com abundância do derramamento do Espírito Santo sobre os índios pele-vermelhas. Jonathan Edwards que conheceu David Brainerd de perto e testemunhou o avanço de sua tuberculose a consumir o organismo de Brainerd (enquanto Jerusa, a filha dele e noiva de Brainerd choravam) a seu respeito, mais tarde, escreveu: “Dou graças a Deus porque, pela sua providência, Brainerd morreu em minha casa, pois assim pude ouvir suas orações, presenciar sua dedicação, e me sentir edificado pelo exemplo dele”.[21]
Certa vez, em uma convenção de sua Igreja na Inglaterra, Wesley perguntou: “O que poderemos fazer para reavivar a obra do Senhor, nos locais onde ele está em declínio?”. Em seguida, o próprio renomado evangelista respondeu sua própria pergunta dizendo: “Todos os pregadores devem ler atentamente a biografia de David Brainerd”.[22] Homens como Payson, Robert Muray, William Carey, Jonallan Edwards e outros que leram a História de Brainend foram ricamente inspirados pelo seu grande exemplo, o qual embora estando doente, orava abundantemente e com grande fervor. Continuaríamos a descorrer toda a História dos Avivamentos veríamos que todo “avivamento sempre começa em resposta às fervorosas e eficazes orações dos crentes espiritualmente avivados”.[23]
Os homens que foram usados por Deus nos grandes avivamentos da História, foram homens de vida abundante de oração. George Fox nasceu em 1624. Participou do avivamento na Inglaterra e declarou que o Senhor lhe dissera: “Se apenas um homem ou mulher se decidisse, pelo seu poder, apresentar-se e vivesse no mesmo espírito dos apóstolos e profetas, ele ou ela abalaria o país inteiro, num raio de dez milhas em volta do mesmo”.[24] Sobre George Fox, Willian Penn escreveu: “Ele possui um extraordinário talento ao manusear as Escrituras. Mas acima de tudo, era poderoso na Oração”.[25]
Richard Baxter foi um grande teólogo e um verdadeiro avivalista. Dizem que: “as paredes do seu gabinete eram manchadas pelo bafo de suas orações. Por meio dele, Deus fez grande obra em Kidderminster. O mesmo acontecia nas paredes do quarto de John Flelcher. Jonatas Goforth, missionário chinês, em 1901, começou sentir-se insatisfeito com o resultado do seu trabalho e isso o levou a estudar a história dos avivamentos e ficou tal obcecado pelo assunto, e gastou tanto tempo em oração, que sua esposa começou a pensar que sua mente não suportaria.
Charles Haddon Spurgeon um dos maiores pregadores que o mundo já viu, conhecido como “O Príncipe dos Pregadores”, em uma autobiografia, revelou o segredo do seu ministério; diz ele: “Quando cheguei à capela da rua de New Park, era apenas um grupinho de gente a quem primeiro pregava; mas não posso esquecer jamais o fervor com que eles oravam”.[26]
O arcebispo Heighton orava tanto que parecia viver ininterrupta meditação; Joseph Aleine levantava-se as quatro e orava até às oito horas. Somos informados de que o sol nunca surgia no horizonte, na China, sem que Hudson Taylor não tivesse de joelhos. E essa foi à razão pela qual foi ricamente abençoado por Deus, no interior da China. E, assim, acontecia com todos os homens que foram usados por Deus nos grandes avivamentos. Só teremos um despertar do Senhor, se restaurarmos o altar de oração que se encontra em grandes ruínas. Por isso, é tempo de orarmos para o Senhor nos despertar para oração!
Hoje, a ênfase está na contribuição e não na oração. Vivemos em tempos em que os crentes andam ocupados demais para orar. Não há tempo para reuniões de oração. Todavia, há tempo para as reuniões entre amigos, para reuniões entre familiares, para reuniões dos esportistas, para reuniões nas praças de alimentação dos shoppings. Porém, convidados a orar dizem: “Estou ocupado demais para orar”.E isso não tem acontecido somente com os membros, mas também com os líderes. Há pastores, que não passam quinze minutos em oração secreta; são homens que gastam horas e horas preparando sermões, mas não gastam minutos preparando o coração. Oswald Smith sobre isso escreveu: “Meu amigo, não trata tanto de encontrarmos tempo, e, sim, de criarmos tempo”.[27]
Certa vez, conversando com um líder da Igreja lhe perguntei: Você ora antes de pregar? Ele tranquilamente me respondeu: “Sim, eu oro. Toda vez que penteando meu cabelo antes de ir para pregar na Igreja, peço a Deus que abençoe o culto e o sermão”. Passam horas preparando-se para serem eruditos, mas apenas segundos para serem pregadores. Essa é a razão pela qual temos muita erudição, mas pouca unção. Muitas mentes brilhantes, mas poucos corações ungidos. Grandes sermões, mas pequenas transformações. Sermões pregados a mentes que jamais descem aos corações. Não há unção nos púlpitos, por isso não há ação nos bancos. E M. Bounds diz: “Homens mortos pregam sermões mortos, e sermões mortos matam”.[28] Sem oração não há vida e sem vida não há cristianismo, pois servimos ao Cristo Vivo!
O que nossas Igrejas precisam não é de novos métodos, novos mecanismos, mas, sim, velhas práticas e a principal delas é a prática da oração. A oração deve ser algo primordial na agenda da Igreja. Em Seul, na Coréia do Sul, as reuniões de oração diárias e de madrugada são lotadas. Enquanto muitos se levantam de madrugada para cuidar de seus interesses e ganhar dinheiro, eles se levantam para ganhar almas. “O seminarista que faltar a duas reuniões de oração de madrugada durante o ano, não serve para ser pastor”.[29] Para eles Deus e a oração são prioridades na vida da Igreja.
John Piper comenta sobre a Igreja Coreana e diz:
“Nos últimos anos do século vinte, Jejum e Oração têm quase se tornado sinônimo das Igrejas da Coréia do Sul. E há uma boa razão para isto. A primeira Igreja Protestante foi plantada na Coréia em 1884. Cem anos depois havia trinta mil Igrejas na Coréia. Uma média de trezentas novas Igrejas foram plantadas a cada ano, nestes cem anos. No final do século vinte, os evangélicos já representam cerca de trinta por cento da população. Deus tem usado muitos meios para realizar essa grande obra. Entrementes, os meios mais usados por Deus têm sido a Oração e o Jejum”.[30]
“O pleno avivamento tarda”, porque a oração tem sido algo desprezível no meio de nossas Igrejas e o jejum algo tido como arcaico. Não oramos nem jejuamos, porque não temos fome por Deus.
John Piper sintetiza esta realidade assim: “Quanto mais profundamente você anda com Cristo, mais faminto você se torna dEle ...”.[31] Nos alimentamos do pão da terra, mas não saboreamos do Pão do Céu. Nossos estômagos andam cheios de iguarias, porém nossas vidas, vazias de Deus. Não somos famintos por Deus, por isso não andamos com Ele. Se quisermos desfrutar do avivamento do céu, é mister uma vida abundante de oração, aqui na terra. Precisamos orar para Deus nos despertar para orar. Jamais teremos “Tempos de refrigério na presença do Senhor”, sem que estes sejam precedidos por tempos de agonia, humilhação e súplica na presença do Senhor.
Que nossa oração seja como a do profeta Habacuque: “Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado; Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia” (Hc. 3.2).
Que Deus por sua Graça e Misericórdia avive Sua obra em nossas vidas.
Como já dissemos, muitos confundem avivamento com mudança doutrinárias baseadas em sonhos, visões e revelações extrabíblicas subjetivas, onde a doutrina é descartada e as verdades bíblicas, esquecidas. Todavia, todo genuíno avivamento e fundamentado na Bíblia e norteado na Palavra de Deus.
Avivamento, portanto, não é desvio para novas doutrinas, mas, volta às velhas doutrinas bíblicas; Avivamento não é inovação e fuga da Palavra, mas restauração e volta à Palavra.
Os avivamentos bíblicos sempre começaram com a Palavra. Quando o povo reencontrou a Palavra, encontrou-se com o Deus da Palavra. Há vários relatos bíblicos em que a Bíblia foi à fagulha inicial para as chamas do avivamento.
Se lermos II Crônicas caps. 34 e 35 veremos que o livro da Lei foi à base do grande despertamento que abalou toda a nação judaica.
Nos tempos de Esdras e Neemias, a leitura pública da Palavra de Deus foi o combustível que alimentou o fogo do poder de Deus que incendiou o Israel de Deus.
O grande avivamento apostólico em Jerusalém iniciou-se quando Pedro, cheio do Espírito Santo, pregou com poder a Palavra de Deus, e, a partir daí, o Espírito Santo varreu toda a Judéia.
No avivamento em Éfeso, que abalou os quatro cantos da Ásia Menor e constrangeu o povo a abandonar a idolatria e voltar-se para o Senhor, teve como o ponto de partida as Sagradas Escrituras. Sobre ele Lucas escreve: “Assim a Palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente” (At.19, 20).
Se lermos a História da Igreja, veremos que muitos avivamentos foram logocêntricos: centrados na Palavra. Onde a Palavra arde no coração e é pregada com unção, ali há o Espírito Santo e grande manifestação.
Um dos grandes avivamentos logocêntricos foi o de Savonarola, na cidade italiana de Florença. Enquanto muitos desprezavam a Palavra de Deus, Savonarola “desbruçava-se sobre a Bíblia, dia e noite, de modo que se dizia que ele a sabia de cor, do princípio ao fim”.[32] E quando subia ao púlpito para pregar, seu sermão irrompia como um meteoro do céu, quando sua palavra ecoava, o rosto de todo auditório branqueava, tamanho era o poder do Espírito Santo em suas palavras.
Outro grande despertamento logocêntricos foi o do século XVI, com Martinho Lutero. O Dr. Pollich após assistir uma aula de Lutero disse: “Este monge revolucionará todo ensino escolástico”.[33] E foi o que aconteceu, não só na Europa, mas em todo o mundo.
Mas que inovação fez Lutero? Nenhuma! Lutero não fez outra coisa senão voltar à Palavra e colocá-la na língua do povo. E, pela primeira vez na história, a Bíblia tornou-se propriedade do povo e o Evangelho, o poder de Deus para a salvação.
João Calvino, após ler o sistema católico, chegou à seguinte conclusão: “Se eu me voltar para a verdade que está contida nas Escrituras, não estaria voltando para a Igreja? Não pode haver igreja onde a verdade não esteja”.[34]
O avivamento não é inovação doutrinária, mas, volta às velhas doutrinas esquecidas. Não é fuga da Palavra, mas volta à Palavra. Não é antropocentrismo, mas logocentrismo!
O avivamento não é inovação doutrinária, mas, volta às velhas doutrinas esquecidas. Não é fuga da Palavra, mas volta à Palavra. Não é antropocentrismo, mas logocentrismo! No despertamento na Escócia, no século XVI, John Knox, grande pregador e erudito, voltou-se para as Sagradas Escrituras e a pregou com tão grande poder, que suas mensagens pareciam um balde de água gelada sobre o povo sonolento, de modo que o povo, de olhos arregalados voltou-se para o Senhor, e tamanha foi à manifestação do Senhor que ele mesmo declarou: “Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos e no meu próprio país, eu não o teria crido”.[36]
No avivamento no país de Gales, no século XVII, o riacho inicial que se tornou uma grande Catarata de torrentes do Espírito, foi a idéia de Griffith Jones de ensinar o povo a ler e estudar a Bíblia. Jones conseguiu fazer com que uma sociedade de propagação do Evangelho vendesse, a preço mínimo, 30 mil exemplares da Bíblia. Assim, um quarto da população aprendeu a ler e estudar a Bíblia. E a Palavra viva trouxe vida ao país de Gales.
Em tempos de avivamento, a Bíblia é arrancada do liberalismo e trazida de volta ao Cristianismo. É tirada do baú e colocada de volta nos púlpitos...
Nos grandes e poderosos avivamentos Bíblicos e históricos, a Palavra de Deus teve um papel fundamental. Tognini diz que é “a Bíblia que nos desperta para buscarmos a Deus, em poder, e nos mostra o caminho do poder do Espírito Santo”.[37] Quando o povo volta à Palavra, de todo coração, o Espírito Santo é derramado com tremenda unção!
Nossa geração não conhece o poder de Deus, porque é analfabeta da Bíblia; os membros das igrejas são recebidos, mas não são instruídos; são animados, mas não são ensinados. Certa vez, perguntaram a George Müller: “Qual é o segredo da sua vida? Por que Deus opera tanto milagres, em respostas às suas orações?” Ao que ele respondeu: “É que eu conheço o meu Deus. Eu já li a minha velha Bíblia, cem vezes, de joelhos”.[38] No avivamento, a igreja não apenas lê a Palavra de Deus, mas busca o Deus da Palavra; Não se contenta em saber sobre Deus, mas conhecer a Deus. Não carrega a Bíblia só na mão, mas no coração.
Em tempos de avivamento, a Bíblia é arrancada do liberalismo e trazida de volta ao Cristianismo. É tirada do baú e colocada de volta nos púlpitos; e então ela age como espada que penetra (cf. Hb 4.12). Como fogo que queima e martelo que despedaça (cf. Jr 23.29).
A igreja só experimentará “dias de céu sobre a terra” se voltar à Palavra e pregá-la com poder. Charles G. Finny, após sua conversão, em 10 de outubro de 1821, revestido do poder do Espírito Santo, escreveu: “Imediatamente me vi dotado de tal poder do alto que, com poucas palavras, proferidas, aqui e ali, vários indivíduos foram levados por Deus à plena convicção de pecado! Minhas palavras pareciam penetrar como flechas nas almas dos homens. Cortavam como uma espada, despedaçavam os corações como um martelo”.[39]
O que a igreja precisa não é de novos métodos humanos, mas de velhos homens de Deus. Vivemos em uma época de grandes palestrantes, mas de pequenos pregadores. Há muita oratória, porém pouca oração. Há muita performance, mas pouco poder. Há muitas palestras sobre livros do cristianismo, todavia poucas pregações sobre Cristo. A igreja não precisa de pessoas cheias de conhecimento, mas cheias de Deus. Pessoas vazias no púlpito geram bancos vazios na igreja.
Michael diz ser esta “a era de sermõezinhos: e sermõezinhos fazem cristãozinhos”.[40] Charles Haddon Spurgeon diz que “no momento em que a igreja de Deus menospreza o púlpito, Deus a desprezará”.[41]
O que a igreja precisa não é de novos métodos humanos, mas de velhos homens de Deus. Vivemos em uma época de grandes palestrantes, mas de pequenos pregadores. Há muita oratória, porém pouca oração. Há muita performance, mas pouco poder.
A grande diferença entre muitos pregadores contemporâneos e os profetas do Antigo Testamento, os pregadores contemporâneos agradam o povo, e os profetas contradiziam o povo apontando o pecado. Muitos pastores contemporâneos usam somente o cajado, os pastores do Antigo Testamento usavam o cajado, mas também a vara.
C. H. Spurgeon aconselhava os seus alunos que apegassem a verdade e anunciassem todo o conselho de Deus, ao invés de cederem às pressões da época e agradarem aos seus ouvintes. E ensina:
“Sinto-me na obrigação de dizer que nosso objetivo não é agradar a clientela, pregar para satisfazer a nossa época, acompanhar o progresso moderno [...] Não procuraremos ajustar a nossa Bíblia a esta época[...] Não vacilaremos; não seremos orientados pela congregação, mas teremos o olhar fixo na Palavra infalível de Deus e pregaremos segundo as suas instruções...” [42]
A igreja e a pregação andam juntas, ou elas resistem ao secularismo ou ambas caem juntas; no dizer do Dr. Martin Lloyd-Jones: “a mais urgente necessidade da igreja cristã da atualidade é a pregação autêntica”.[43]
Se a igreja anseia por um avivamento, precisa voltar a um principio reformado “Sola Scriptura”, e ao tempo dos apóstolos, quando a pregação não era por força ou por métodos, porém, só pelo Espírito Santo.
Que nesses dias, Deus nos dê fome e sede por sua Palavra, e que possa fender os céus e derramar do seu Espírito sobre nós, revestindo-nos de todo poder para pregarmos o glorioso nome de Jesus!
Como já vimos, o grande obstáculo de avivamento é o pecado. Nada nos separa de Deus, senão o pecado. Por isso, a igreja jamais será avivada, se primeiro não for santificada. Deus não derrama das torrentes do seu Espírito em vasos que não estejam limpos e puros. Ao lermos a História Bíblica, vemos que Deus só refez a aliança com seu povo, quando esse se divorciou do pecado. A principal mensagem não é outra senão “santificai-vos porque amanhã Deus fará maravilhas entre vós!” (cf. Js 7.10-15).
A santidade é o caminho da comunhão com Deus; por isso é o caminho do avivamento. O Espírito Santo sempre é derramado sobre homens santos. No tempo de Ezequias, só houve tempos de “grandes alegrias em Jerusalém”, quando toda congregação de Israel se santificou e consagrou sua vida inteiramente ao Senhor (cf. 2Cr 30.13-26).
A chuva torrencial do Espírito só foi derramada sobre o povo de Israel, no tempo de Esdras e Neemias, quando este se divorciou do pecado, e em santidade de vida restabeleceu sua aliança com o Senhor.
Em Joel 2.28 a, o profeta diz: “E, depois disso derramarei do meu Espírito sobre todos os povos”. O derramamento do Espírito não vem antes, mas depois. Entretanto, depois do quê? Os versículos anteriores nos respondem a esta pergunta, quando o profeta diz: “Rasgai o vosso coração, e não as vossa vestes e convertei-vos ao Senhor nosso Deus [...] tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembléia solene. Congregai o povo, santificai a congregação...” (cf. Jl 2.13-16). O derramamento do Espírito Santo não acontece antes; mas depois; só depois que seu povo arrepende-se do pecado e com vestes santas volta-se para o Senhor.
Só depois que a igreja seguir rumo à santificação, receberá de Deus a unção. Orar por avivamento sem querer ter vida santa é ofender a santidade de Deus. Se lermos, atentamente, a historia dos avivamentos, veremos que o Espírito Santo foi sempre derramado sobre vasos santos. Os grandes homens usados por Deus nos avivamentos foram homens piedosos, consagrados e santos. Martinho Lutero, mesmo quando monge era um exemplo de piedade para todos e não encontrava descanso para sua alma que aborrecia o pecado. E esse santo homem de Deus foi usado por Deus para abalar a Igreja e o mundo!
Sobre o grande avivalista Savanarola, que foi usado por Deus para incendiar a cidade de Florença, no século XV, Fischer escreve: “O mundo dos prazeres e do pecado nunca se constituiu atração para Savanarola, mesmo em sua juventude”.[44] Este jovem solitário passava horas na presença do Senhor orando: “Senhor, faze-me conhecer o caminho que minha alma deve trilhar”.[45] Este santo homem de Deus foi mártir por não abrir mão de uma vida de piedade, por não negociar o inegociável que era sua vida santa diante de Deus; e quando a corda foi posta ao redor do seu pescoço, suas últimas palavras foram: “O Senhor sofreu tanto quanto isto por mim”.[46] Homens santos sempre foram usados pelo Espírito Santo.
O D. M. Loyd-Jones, comentando sobre o pequeno movimento, que começou em Oxford, conhecido como o “Clube dos Santos”, e alcançou o mundo, escreve:
“Que aconteceu com eles? O que aconteceu com os irmãos Wesley, com Whitefielde e os outros que se reuniram com eles? Foi apenas isto – eles disseram: ‘sim, a igreja Cristã ainda é a Igreja Cristã, todavia ela é muito indigna e pecaminosa. A pessoa não está prestando atenção aos mandamentos de Deus e a vida como é apresentada no Novo Testamento. Isto está errado, precisamos nos dedicar à santidade, precisamos nos purificar’. Eles talvez tenham ido longe demais, tornado-se um pouco legalistas, todavia estabeleceram regras e regulamento a respeito de como deviam viver. Por isso foram chamados metodistas. Disseram: ‘Devemos reunir para estudar as Escrituras juntos, precisamos orar juntos, e devíamos viver de forma metódica em todas as coisas. Metodistas! Sim, no entanto, o que estavam buscando era santidade”. [47]
Em todos os avivamentos, Deus sempre usou homens em que a primeira preocupação é ser santo como Ele o é. Homens que queiram morrer totalmente para o pecado e viver vida santa, totalmente devota a Ele.
O grande avivalista David Brainerd escreveu em seu diário:
“Meus desejos parecem ser especialmente no sentido de me alongar do mundo, e de morrer inteiramente para ele, e de ser crucificado para suas atrações [...] Oh! Quanto desejo a santidade! Quanto quero mais de Deus em minha alma! Oh! Esta dor agradável! Ela faz com que minha alma anseie ainda mais por Deus”. [48]
Schalkewijk sobre isso disse: “O fato é que o avivamento real procura maior santificação em todos os setores da vida, começando pelo individual. Faltando essa característica essencial, o avivamento não passa de emoção litúrgica”.[49]
Não temos uma igreja viva, porque não morrermos totalmente para o pecado. Não temos a plenitude do Espírito Santo, porque não somos santos. Não temos unção porque nos falta comunhão com o Deus da unção. Lemos e relemos o livro de Atos, mas não temos os atos dos apóstolos.
O grande pregador e escritor Ravenhill disse que “a maior vergonha dos nossos dias é que a santidade que apregoamos é anulada pela impiedade do nosso viver”.[50] Há uma dicotomia entre o que a igreja prega e o que a igreja vive. Muitos crentes não vivem o que pregam e nem pregam o que vive.
O Rev. Hernandes Dias Lopes, quando conheceu os crente de Kwa Sizabantu, na África do Sul, ouviu deles próprios: “Aqui vive-se o que se prega e prega-se o que se vive”.[51] Infelizmente em nossas igrejas muitos crentes pregam cenas diante do povo, que não vivem na vida real diante de Deus; têm forma de piedade, mas conteúdo de ímpio; são como Naamã, bem vestidos e heróis, por fora, mas leprosos por dentro. O grande problema dos nossos dias é que a Igreja tem o rótulo do cristianismo, mas pouco conteúdo de Cristo. Estão perto da igreja de Cristo, mas longe da vida de Cristo.
O professor Hugh Black, no seu “Serviço de amor de Cristo”, diz:’ “Uma jovem judia, que é agora Cristã, pediu a certo senhor que lhe havia dado instruções a respeito do Evangelho, que lesse com ela a história. Porque, disse ela, tenho lido os Evangelhos e estou perplexa. Quero saber quando os cristãos deixaram de ser tão diferentes de Cristo”.[52]
A igreja tem a cruz na torre, mas não tem Cristo na vida. Temos a cruz no peito, mas não temos Cristo em nosso coração. Vivemos como cristãos, mas não vivemos como Cristo.
O apóstolo João escreveu que “aquele que diz que permanece nele [em Cristo], esse deve também andar assim como ele andou” (I Jo 2.16). A necessidade de nossos dias não é somente ganhar adeptos para Cristo, mas vivermos como adeptos de Cristo. Não é de vivermos dentro do Cristianismo, porem vivermos como Cristo. Não é de miraculosas manifestações do Espírito Santo, mas de um viver santo.
Vivemos em dias em que se busca mais a bênção de Deus, do que o Deus da benção. Busca-se mais o que traz felicidade, que santidade. Mais o que traz prosperidade, do que santidade. O evangelho tem cada vez se barateando; a ponto de vivermos em uma época de evangelho “light”; talvez essa seja a razão pela qual estamos vazios e magros de Deus, e gordos de pecado.
A igreja não precisa ser como o mundo para ganhar o mundo. O Senhor Jesus disse que a igreja deve estar no mundo, porém ela não é do mundo (cf. Jo.17.14-16).O navio foi feito para andar nas águas, mas se as águas entram no navio há um naufrágio e tudo está perdido. A igreja foi feita para estar no mundo, mais se o mundo entrar na igreja tudo está perdido. Se quisermos um avivamento, precisamos de uma Igreja santa, em um mundo profano. A santidade é o caminho da intimidade com Deus e da plenitude do seu Espírito; por isso é o caminho do avivamento.
João Batista exprimiu esta idéia em Lucas 3. 4-6. Quando nos desafio dizendo: “preparai o Caminho do Senhor”. Devemos ser um meio de acesso a Cristo, através do qual ele possa revelar-se. Temos que ser ponte de passagem para Cristo, e não abismo que impede as pessoas de vê-lo.
O que significa “preparar o caminho do Senhor?”. Aqui temos de forma implícita o roteiro e o preço do avivamento.
Se quisermos que Deus se manifeste, precisamos endireitar o caminho. Endireitar significa “retirar os obstáculos”. Se quisermos avivamento, é preciso retirar as pedras e tocos que há no caminho. O arado de Deus não passará sobre nosso lote, plantando as sementes do avivamento, sem que o terreno esteja plano. Enquanto o caminho estiver tortuoso e não for endireitado, não haverá como a esperança do Senhor se manifestar.
Precisamos ainda aplanar os caminhos escabrosos. A palavra “escabroso” significa “tomar as camadas descontínuas” ou pô-los “fora do lugar”. Se queremos um avivamento, precisamos aplanar a nossa vida e colocá-la no devido lugar. Muitos crentes acham-se fora do lugar, fora do centro da vontade Deus. Como Jonas, tentam fugir de Deus. Como Adão, tentam esconder-se de Deus. Como Ananias, mentem para Deus. Como Acã, escondem seus pecados. Como Sansão, envolvem-se emocional e sentimentalmente fora de vontade Deus. Como Esaú, são impuros e profanos. Tais crentes não estão no devido lugar, e por isso são obstáculos à chegada do avivamento.[54]
Quando a igreja se santifica e prepara o Caminho do Senhor, Deus se manifesta; quando ele se revela, toda carne vê a Salvação de Deus! Que sejamos a igreja santa e viva do Deus vivo!
VI – FRUTOS DO AVIVAMENTO
Quando Deus fende os céus e desse, com grande poder, os montes tremem na Sua presença (cf. Is 64.1). Quando o fogo inflama os gravetos, quando faz ferver as águas, para fazer conhecido seu nome as nações tremem (cf. Is 64.2). Quando as chuvas torrenciais do Espírito regam as sementes do avivamento plantadas pela igreja, produz frutos em abundância. Vejamos alguns deles:
Sempre que a igreja é avivada é também purificada. Quando as chuvas torrenciais do Espírito deságuam sobre o povo de Deus lavam todas as impurezas da igreja. Os prazeres mundanos são abandonados e os pecados são confessados e deixados.
No despertamento entre o povo de Deus, no tempo de Esdras e Neemias, a manifestação de Deus trouxe purificação ao seu povo. O pecado que antes era amado passou a ser odiado; a impureza que outrora prevalecia agora não mais existia; os casamentos mistos que os afastava de Deus deram lugar para o divórcio que os trouxeram de volta para Deus; o dia do Senhor que estava esquecido e abandonado foi restaurado e observado. O povo que trilhava nos caminhos da impureza mudou de rota e voltou ao caminho da pureza.
Sempre que o fogo do Espirito desce sobre a igreja as impurezas viram cinzas e a igreja torna-se uma brasa viva. Quando o Espirito Santo desceu sobre os puritanos na Inglaterra as palhas da impureza foi consumida restando apenas gravetos verdes e puros. E purificada, a igreja foi sal para a sociedade e luz para o mundo.
Antes do avivamento americano do séc. XVIII, a impureza era algo notório no meio do povo de Deus. No púlpito havia homens que não eram convertidos, e nos bancos membros que não eram regenerados. A Bíblia não era regra de fé e prática, e a igreja era impura e mundana. Jonathan Edwards, escrevendo sobre a sua própria paróquia, disse está vivendo em uma época de extraordinária sonolência religiosa; a licenciosidade prevalecia grandemente, entre a juventude, as práticas mundanas e impuras eram visíveis e normais.[55] Todavia, quando o Espírito avivador desceu sobre a igreja, os inconversos foram convertidos; os impuros foram purificados; a licenciosidade deu lugar à santidade; a igreja que vivia em densas trevas, passou a viver em clara luz. O fogo do Espírito sempre sapeca o mundanismo e purifica a igreja.
Vivemos em uma época em que o vírus do mundo tem adentrado à igreja e contaminado o “corpo de Cristo”. A igreja, noiva do Senhor, tem praticado adultério com o mundo. O conformismo, o secularismo, o liberalismo, o subcristianismo e uma série de “ismos” têm levado nossas igrejas há um vale de ossos secos.
Precisamos clamar a Deus que derrame fogo purificador sobre nossas igrejas; que fenda os céus e derrame chuvas serôdias do Espírito, que inunde e lave nossas igrejas, tornando-nos um povo santo, como Ele é santo.
Todas as ocasiões em que Deus derramou do Seu Espírito, a igreja experimentou uma profunda paixão por Deus e pelas almas perdidas; o avivamento sempre deságua em evangelização; sempre se transforma em uma cachoeira de missões transculturais. No avivamento, a igreja entende que a tarefa da evangelização é uma tarefa sua e não de anjos.
Quando o Espírito Santo é derramado, a visão de Deus passa a ser a visão da igreja e o mundo passa a ser a sua paróquia; no avivamento, os que são alcançados e trazidos aos celeiros, logo são enviados e levados aos campos.
Foi o avivamento que moveu o atleta campeão de Londres, Charles Studd a renunciar a gloria e a riqueza e a partir para a China, Índia, e África, e fazer ardente declaração: “se Jesus Cristo é Deus e ele deu a sua vida por mim, então nenhum sacrifício é demasiadamente grande que eu não possa fazer por amor a ele”. [56]
No avivamento no país de Gales, em 1904, Evam Roberts, após ter orado abundantemente com lágrimas e suor, pedindo a Deus um avivamento, foi tomado de uma profunda paixão pelas almas e escreve:
“Daquele dia em diante, a salvação das almas se tornou a grande paixão do meu coração. A partir daquele dia, incendiava-me o desejo de atravessar todo país de Gales e, se possível, estava disposto a pagar a Deus pelo privilegio de trabalhar para Ele”. [57]
Em tempos de avivamento a igreja compreende o que Paulo diz aos Rm. 1.4: “pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes”.
Quando a igreja é despertada, entende que a evangelização não é uma opção, mas uma obrigação; entende que “todo coração com Cristo é um missionário; [e] todo coração sem Cristo é um campo missionário”.[58] Entende que não é uma questão de querer, mas de dever. Quando a igreja é inundada pelas águas do Espírito, a evangelização deixa de ser um peso e torna-se um privilégio.
O grande avivalista David Brainerd, após experimentar o avivamento celeste e dedicar-se totalmente sua vida nas selvas frias do Estados Unidos, entre os índios peles vermelhas, escreveu a seu irmãos dizendo: “agora que estou a morrer, declaro que não gastaria minha vida por todo o mundo de outra maneira”.[59]
Os avivamentos americanos, conhecidos como “segundo grande despertamento”, resultou em uma grande paixão por Deus e pelas almas perdidas. Como fruto deste avivamento, o ainda então seminarista Ashbel Green Simonton, após ouvir um sermão de seu professor de teologia sistemática Charles Hodge, no seminário de Princeton, foi tomado de uma grande paixão pelas almas perdidas, e, depois de ser ordenado, veio parar na seara chamada Brasil, e tornou-se um dos desbravadores do protestantismo e o fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Todo avivamento resulta em uma profunda paixão pelas almas perdidas. Precisamos de um avivamento que inflame a igreja e que a encha de paixão pelas almas perdidas; que a tire das quatro paredes e levando-a aos quatros cantos do mundo.Que Deus nos avive para esta obra tão gloriosa!
Os maiores índices de crescimento da igreja deram-se nos tempos de visitação de Deus; os frutos mais duradouros são aqueles colhidos nos tempos de avivamento; toda vez que o Espírito é derramado há um crescimento qualitativo e Deus dá o crescimento quantitativo. Quando o Espírito Santo põe fogo na igreja, a seara fica em chamas.
No avivamento, Deus acrescenta, dia a dia, os que vão sendo salvos (Cf. At. 2.47). Este crescimento extraordinário é visto na igreja apostólica e delineado no livro de Atos. Primeiro, eram 120 discípulos (Cf. At. 1.15); após o primeiro sermão de Pedro, o número passou para quase três mil (Cf. At. 2.41); logo após, o rol de membros subiu para 5000 (Cf. At. 4.4); tempos depois, a igreja foi multiplicada e se espalhou para além de Jerusalém, pela Judéia, Galiléia, Samaria e por todos os confins da terra (Cf. At. 6.17; 9.31; 16.5).
No derramamento do Espírito Santo, na história extrabíblica, não foi diferente; o grande avivalista John Wesley, após percorrer 401 mil quilômetros, na maioria a cavalo, pregar quarenta mil sermões, às vezes, para 120 mil pessoas, e abalar três reinos, morreu e deixou 300 pregadores itinerantes e mil locais para cuidar de sua comunidade, formada por 120 mil membros reconhecidos.
No despertamento no país de Gales, no séc. XVIII milhares foram alcançados pela graça de Deus e deixaram o mundo profano para agregar-se à Igreja Santa; o senhor Rowlands que o presenciou afirma: “vi aproximadamente 10 mil pessoas, reunidas às sete horas da manhã, vindas de diferentes lugares ...” [60] Todas as vezes que a semente do avivamento é plantada em terreno plano e regada pelas chuvas torrenciais do Espírito Santo produz fruto em abundância. Foi isto que aconteceu no avivamento que abalou os Estados Unidos, no séc. XVIII e início do séc. XIX; em 1800, a Igreja Presbiteriana Americana, contava com 108 pastores; 450 igrejas e cerca de 120 mil membros. Trinta e sete anos depois, ela já contava com 2140 pastores, quase 3000 igrejas, e 220 mil membros. Trinta e sete anos de trabalho no Espírito valem mais do que cem anos de trabalho na carne.
Quando a avivada igreja deixa de ser campo missionário e torna-se um celeiro de missionários; sempre que há derramamento da graça, há inúmeros salvos pela graça. Quando o avivamento vem os sedentos bebem da fonte da água viva que é Jesus.
Que esses frutos produzidos na história sejam reproduzidos hoje, em nossas igrejas na busca por um avivamento.
O mundo nunca é o mesmo após um avivamento; toda vez que Deus sacode (desperta) a Igreja abala o mundo; toda vez que o povo de Deus é despertado, o mundo é transformado. O Dr. F. B. Meyer disse certa vez: “nunca houve um grande avivamento sem reformas sociais e políticas”.[61]
No século XVI, o mundo foi abalado pela Reforma e Genebra transformada por Calvino. Genebra era uma das cidades mais tormentosas da Europa; seu governo era dividido e havia uma grande briga pelo poder; nas ruas, o pecado e a violência dominavam o povo. Entretanto, Calvino foi usado por Deus no avivamento suíço. A Reforma atinge, não só a igreja, mas também a sociedade! E foi as grandes visões administrativas, eclesiásticas e sociais de Calvino, com a graça de Deus, que fez com que Genebra se tornasse uma cidade única na Europa; sobre Genebra Fischer afirma: “O distintivo que Calvino conseguiu lhe dar parece incrível”.[62] E, após séculos, permanece como centro de cultura e progresso. Todo avivamento traz mudanças culturais e sociais.
Quando o avivamento vem, a Igreja é vivificada e a sociedade restaurada. No avivamento britânico, em 1739, a Inglaterra caminhava para o caos, os piores vícios prevaleciam. A bebida era algo tão comum que os embriagados viviam mais nos bares do que nos lares; tamanha era a criminalidade que não podiam andar nas ruas, à noite. Todavia, quando Deus derramou do Seu Espírito sobre os Wesleys e Whitfield, a Inglaterra mudou sua rotina; os bêbados deixaram os bares e voltaram para os lares;os escravos tornaram-se cidadãos, os marginais voltaram ao convívio social. A sociedade que estava em ruínas foi reformada por Deus. Sobre este período o historiador Samuel Green disse: “Toda a maneira de ser do povo inglês se modificou”.[63]
A Inglaterra nunca mais foi à mesma depois da manifestação de Deus.
Quando a igreja é avivada, a sociedade é impactada. No grande despertamento no país de Gales, em 1904, os bares fecharam porque não havia mais alcoólatras; os teatros pararam porque não havia mais expectadores; as casas de jogos faliram, porque não havia mais quem jogasse. A nação profana passou a ser uma nação cujo Deus era o Senhor.
Ah! Como precisamos de um avivamento do céu, que transforme nossa sociedade. Nossa nação está doente, infectada com amarga miséria; as crianças então abandonadas e famintas; os ricos, cada vez mais ricos, e robustos; os valores imorais são tidos como valores legais; o homossexualismo não é mais motivo de escândalo e o adultério é motivo de orgulho; a violência é maior que as autoridades; a televisão com seus valores imorais é mestra, que educa o povo.
Isso é motivo para não cessarmos de clamar a Deus, para que o mesmo abale a igreja e transforme nossa pátria, e nos faça um povo onde Ele seja o Senhor.
CONCLUSÃO
Agora que chegamos juntos ao fim deste trabalho, esperamos ter lançado luz sobre o importante assunto abordado, a ponto de podermos discernir quem é o autor do avivamento e o que é e o que não é obra do Espírito Santo. Pois a falta desse discernimento pode nos levar à imaturidade e até mesmo ao desvio das verdades bíblicas. Pois na busca de um avivamento jamais podemos separá-lo de uma sólida base bíblica. “Os grandes avivamentos aconteceram dentro das balizas da Reforma”.[64] E que jamais podemos buscá-lo dentro da ortodoxia sem ortopraxia.
Muitos crentes, por ignorarem essas verdades têm confundido fogo do Espírito, com fogo de palha; Sopro do Espírito com vento produzido com os métodos humanos; ação espiritual, com ação carnal. Isso tem desviado a igreja na busca do verdadeiro avivamento.
Na busca do avivamento precisamos entender ainda que ele jamais ocorre por parte do povo de Deus sem um profundo quebrantamento e uma intensa vida de oração. Nos grandes avivamentos, Deus sempre usou vasos limpos e vidas ungidas.
Se a igreja anseia por “dias de céus sobre a terra”, precisa preparar o caminho, precisa arrancar os tocos dos pecados e as pedras da iniqüidade para que o arado de Deus are a terra e plante a semente do avivamento, que regada pela chuva do Espírito dará fruto em abundância.
Precisamos clamar a Deus para que Ele intervenha em nossas igrejas, transformando nossas vidas e caráter, nossas famílias e negócios, nossa grande piedade em uma profunda piedade, nossa vida de falsidade, em uma vida de santidade. Precisamos de um avivamento que abale as nossas igrejas, fazendo-nos um povo vivo e santo e transforme nossa sociedade, fazendo de nós uma nação justa, próspera, cujo Deus Soberano seja o Senhor. A Deus toda a glória!
Bíblias:
A BÍBLIA VIDA NOVA. Editor responsável: Russel P. Schedd. Antigo e Novo Testamento traduzido por João Ferreira de Almeida. 2 ed. São Paulo, Editora Vida Nova, 1988. 1065 pp.
BÍBLIAS DE ESTUDO GENEBRA. Editor Geral: R. C. Sproul. Editor em português: Cláudio Antônio Batista Marra. Antigo e Novo Testamento traduzido por João Ferreira de Almeida. 2 ed. Revista e atualizada. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. 1728 pp.
BÍBLIA SAGRADA: Nova Versão Internacional. Sociedade Bíblica Internacional, 2003. 1002 pp.
Dicionários:
CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo: dicionário. São Paulo, Editora Candeia, 1995. v.5, 670 pp.
FERREIRA, Aurélio. Buarque de Holanda. Minidicionário da Língua Portuguesa. 3 ed., Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira S.A., 1993. 557pp.
Enciclopédia:
CHAMPLIN, Russel Norman. “Reavivamento”. In: CHAMPLIN, Russel Norman; BENTES, João Marques. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Tradução João Marques Bentes. 4 ed., São Paulo, Editora Candeia,1997. 5 v., p. 570-571.
Livros:
ALLEN, E. William. História dos Avivamentos Religiosos. Tradução de Helcias Câmara. Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1958. 101 pp.
ANGLADA, Paulo. Spurgeon e o Evangelicalismo Moderno. São Paulo, Editora Os Puritanos, 1996. 50pp.
EBY, David. Pregação Poderosa para o Crescimento da Igreja: O papel da pregação em igrejas em crescimento. São Paulo, Editora Candeia, 2001. 230 pp.
EVANS, E. Reavivamento: sua origem, progresso e realizações. São Paulo, Publicações Evangélicas Selecionadas, s/d. 30 pp.
CÉSAR, Elben M. Lenz. História da Evangelização do Brasil. Viçosa , Editora Ultimato , 2000. 191 pp.
CHO, Paul Y. e MANZANO R. Whitney. Oração, a Chave do Avivamento. Tradução de Myriam Talitha Lins. Venda Nova, Editora Betânia, 1986. 192 pp.
FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, 215 pp.
FONSECA, Gilson Altino. Noções Básicas de Monografia. Patrocínio, Editora Reggraf, 1997. 34pp.
LLOYD-JONES, Martyn. Avivamento. Tradução de Inge Kaenig. 2 ed. São Paulo, Publicações Evangélicas Selecionadas, 1993. 320 pp.
LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. 108 pp.
LOPES, Hernandes Dias. Piedade e Paixão: A vida do ministro e a vida do seu ministério. São Paulo, Editora Candeia, 2002. 96 pp.
LOPES, Hernandes Dias. Derramamento do Espírito: essa promessa é para você, para hoje! 3 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1996. 92 pp.
OLFORD, Stephen F. Um Grito por Reavivamento. Tradução de Jorge A . P . Rosa. Lisboa, s/d, 1966. 185 pp.
RAVENHILL, Leonard. Porque Tarda o Pleno Avivamento? Tradução de Myriam Talitha Lins. Venda Nova, Editora Betânia, 1989. 160 pp.
SMITH, Oswald J. David Brainerd: sua mensagem para os nossos dias.Tradução de Waldemar W. Wey. Belo Horizonte, Edições Renovação Espiritual, 1961. 108 pp.
SMITH , Oswald. O Fogo Consumidor. Tradução de Waldemar W. Wey. 3 ed. São Paulo, Editora Vida, 1995. p.
SMITH, Oswald. Paixão pelas Almas. 27 ed. São Paulo, Editora Vida, 1996. 124 pp.
STEGEN, Erlo. Avivamento na África do Sul. Tradução de Augustus Nicodemos Lopes. São Paulo, Editora Os Puritanos, 1996. 78 pp.
STEWART, James Alexandre. Quando Desceu o Espírito: A história de Evans Roberts e o reavivamento no país de Gales. Tradução de Waldemar W. Wey. Belo Horizonte, Editora Renovação Espiritual, [1966].100 pp.
TOGNINI, Eners. Avivamento Real. São Paulo, Editora Enéas Tognini,1969. 58 pp.
TRASK, Thomas E. (editor). O Pastor Pentecostal. Tradução de Luiz Aron de Macedo. Rio de Janeiro, Casa Publicadora das Assembléias de Deus. 1999. 672 pp.
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENSIE. Apresentação de Trabalhos Acadêmicos: guia para alunos. São Paulo: Editora Mackenzie, 2001.
Revistas:
SCHALKWIJK, Frans Leonard. Aprendendo da História dos Avivamentos. In: LOPES; Augustus Nicodemus; MATOS, Alderi de Souza. Fides Reformata. São Paulo, v.2 , n. 2. jul/dez, 1997. p.61-68.
NETO, F. Solano Portela. A Mensagem da Reforma para os Dias de Hoje. In: MATOS, Alderi Souza de; LOPES, Augustus Nicodemos. Fides Reformata. v.2, n.2. jul/dez, 1997. p.22-34.
[1] LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. P 27.
[2] Ibid p. 28
[3] Apud ibid p. 31
[4] LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p.32.
[5] Ibid e idem
[6] Apud OLFORD, Stephen F. Um Grito por Reavivamento. Tradução de Jorge A . P . Rosa. Lisboa, s/d, 1966. P. 17.
[7] Idem p. 18
[8] Idem e IBID
[9] RAVENHILL, Leonard. Porque Tarda o Pleno Avivamento? Tradução de Myriam Talitha Lins. Venda Nova, Editora Betânia, 1989. P 64.
[10] LLOYD-JONES, Martyn. Avivamento. Tradução de Inge Kaenig. 2 ed. São Paulo, Publicações Evangélicas Selecionadas, 1993. P. 108.
[11] Apud TRASK, Thomas E. (editor). O Pastor Pentecostal. Tradução de Luiz Aron de Macedo. Rio de Janeiro, Casa Publicadora das Assembléias de Deus. 1999. P 243.
[12] ALLEN, E. William. História dos Avivamentos Religiosos. Tradução de Helcias Câmara. Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1958. p. 24.
[13] RAVENHILL, Leonard. Porque Tarda o Pleno Avivamento? Tradução de Myriam Talitha Lins. Venda Nova, Editora Betânia, 1989.
[14] Apud ALLEN, E. William. História dos Avivamentos Religiosos. Tradução de Helcias Câmara. Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1958
[15] FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, p. 77.
[16] LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p. 45
[17] LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p. 53
[18] Apud ibid.
[19] Apud ALLEN, E. William. História dos Avivamentos Religiosos. Tradução de Helcias Câmara. Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1958. p. 67.
[20] CHO, Paul Y. e MANZANO R. Whitney. Oração, a Chave do Avivamento. Tradução de Myriam Talitha Lins. Venda Nova, Editora Betânia, 1986. p. 10.
[21] RAVENHILL, Leonard. Porque Tarda o Pleno Avivamento? Tradução de Myriam Talitha Lins. Venda Nova, Editora Betânia, 1989. p. 79.
[22] Apud ibid p. 79.
[23] ALLEN, E. William. História dos Avivamentos Religiosos. Tradução de Helcias Câmara. Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1958. p. 75.
[24] ibid p. 28
[25] Apud ibid p. 28
[26] Apud ibid p. 55
[27] SMITH, Oswald. Paixão pelas Almas. 27 ed. São Paulo, Editora Vida, 1996. p. 33.
[28] Apud LOPES, Hernandes Dias. Piedade e Paixão: A vida do ministro e a vida do seu ministério. São Paulo, Editora Candeia, 2002. 96 p. 38.
[29] ibid p. 50
[30] Apud ibid p. 51
[31]Apud ibid p. 56
[32] FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, p. 77.
[33] Apud ibid p.77
[34] Apud ibid p.90, 91
[35] Apud NETO, F. Solano Portela. A Mensagem da Reforma para os Dias de Hoje. In: MATOS, Alderi Souza de; LOPES, Augustus Nicodemos. Fides Reformata. v.2, n.2. jul/dez, 1997. p.29.
[36] Apud FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, p. 92
[37] TOGNINI, Eners. Avivamento Real. São Paulo, Editora Enéas Tognini,1969. p. 50.
[38] Apud OPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p. 70.
[40] Apud EBY, David. Pregação Poderosa para o Crescimento da Igreja: O papel da pregação em igrejas em crescimento. São Paulo, Editora Candeia, 2001. p. 38
[41] Apud ibid p. 38
[42] Apud ANGLADA, Paulo. Spurgeon e o Evangelicalismo Moderno. São Paulo, Editora Os Puritanos, 1996. p. 31
[43] EBY, David. Pregação Poderosa para o Crescimento da Igreja: O papel da pregação em igrejas em crescimento. São Paulo, Editora Candeia, 2001. p. 37
[44] FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, p. 77.
[45] Apud ibid 77
[46] Apud ibid 77
[47] LLOYD-JONES, Martyn. Avivamento. Tradução de Inge Kaenig. 2 ed. São Paulo, Publicações Evangélicas Selecionadas, 1993. p. 73
[48] Apud SMITH, Oswald J. David Brainerd: sua mensagem para os nossos dias.Tradução de Waldemar W. Wey. Belo Horizonte, Edições Renovação Espiritual, 1961. p. 40,45.
[49] SCHALKWIJK, Frans Leonard. Aprendendo da História dos Avivamentos. In: LOPES; Augustus Nicodemus; MATOS, Alderi de Souza. Fides Reformata. São Paulo, v.2 , n. 2. jul/dez, 1997. p.67.
[50] RAVENHILL, Leonard. Porque Tarda o Pleno Avivamento? Tradução de Myriam Talitha Lins. Venda Nova, Editora Betânia, 1989.
[51] LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p. 71.
[52] Apud FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, p. 27.
[53] Apud LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p. 73, 73.
[54] Cf. LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p.
[55] Cf. FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961
[56] Apud LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p.96.
[57] Apud SMITH, Oswald. Paixão pelas Almas. 27 ed. São Paulo, Editora Vida, 1996. p. 49.
[58] Apud LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p. 93.
[59] Apud SMITH, Oswald J. David Brainerd: sua mensagem para os nossos dias.Tradução de Waldemar W. Wey. Belo Horizonte, Edições Renovação Espiritual, 1961. p. 9.
[60] Apud FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, p. 109.
[61] Apud OLFORD, Stephen F. Um Grito por Reavivamento. Tradução de Jorge A . P . Rosa. Lisboa, s/d, 1966. P 73.
[62] FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, P.92.
[63] Apud OLFORD, Stephen F. Um Grito por Reavivamento. Tradução de Jorge A . P . Rosa. Lisboa, s/d, 1966. p. 74.
[64] LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p. 108.
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