Como ser relevante, sem deixar de ser bíblico?
Como ser relevante, sem deixar de ser bíblico? Essa talvez seja a pergunta contemporânea mais difícil de responder e ao mesmo tempo a que mais urgentemente precisa de uma resposta. A linha que separa a relevância da secularização não é apenas tênue, mas também difícil de ser seguida. Muitos líderes evangélicos no anseio de aculturar o evangelho e serem relevantes tornam-se teologicamente superficiais e vivem uma religiosidade sem conhecimento.
Amorese em “Icabode”[1] tenta não apenas avaliar a presente questão, mas também apontar uma resposta. A proposta do autor é responde os problemas apresentados nos capítulos anteriores em decorrência da modernidade. Segundo ele a igreja de nosso tempo precisa buscar deliberadamente caminhos para uma vida em comunidade através de alternativas de contracultura. Essas respostas, que não são fáceis devem ser buscadas em comunidade, através da oração, reflexão e, sobretudo da ação do Espírito Santo. Para ele, a primeira coisa a se fazer é voltar ao antigo caminho, não no sentido saudosista, mas sim numa atitude de confissão e arrependimento diante de Deus. O que podemos chamar de reavivamento.
Para Amorese isso só será possível se a igreja resgatar o conceito de aliança. Precisa-se uma renovação contínua da aliança, um comprometimento de amor, onde a submissão a Deus seja clara. Para ele “o desafio comunitário da Igreja é o desafio da Aliança”. Pois, a aliança envolve compromisso, dedicação, amor mútuo e submissão. Com base nisso Amorese promove sugestões de como a igreja pode enfrentar as questões do espírito da nossa época, no âmbito pessoal, familiar e eclesiástico.
O autor Leva-nos a entender que a igreja precisa, se resguarda das tendências do nosso tempo ao mesmo tempo em que deve se posicionar em relação a ela e contra ela. A única maneira de mudarmos o epírito da nossa época é exercendo uma forte influência por meio da proclamação da Palavra que seja coerente com a vida.
Em suma, a igreja precisa se voltar para as práticas esquecidas ao longo da história. Deve haver uma recuperação das riquezas dos mistérios que foram finalmente revelada na Palavra viva e escrita. Até que o evangelho seja claramente conhecido de novo em nossa cultura ímpia, devemos deixar de lado qualquer busca, qualquer distração, todo interesse ou fascinação, declarando à sofisticada estultícia de nossa época, o que disse o apóstolo Paulo: “resolvi nada saber entre vós senão Cristo e esse, crucificado”.[2]
Jailson Santos
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