Síntese - Instrumentos nas mãos do Redentor - Paul David Tripp
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O livro “Instrumentos nas mãos do Redentor” de Paul David Tripp é uma das principais obras de aconselhamento. Ela é fruto das aulas e palestras ministradas pelo autor ao longo de seu vasto ministério. A proposta principal da obra é mostrar que todos nós somos embaixadores sendo transformados, que serve como instrumentos nas mãos do Redentor, para ajudar outras pessoas a buscarem, de igual modo esta transformação.
Para Tripp, ser um instrumento de mudança implica em encarnar o amor de Cristo, identificar-se com o sofrimento da pessoa enquanto estende a graça que produz mudança. Ajudando-as assim, a viverem como Deus sempre quis que elas vivessem. O presente resumo visa em poucas palavras trazer a essência do pensamento do autor.
A MELHOR NOTÍCIA:
UMA RAZÃO PARA SE LEVANTAR DE MANHÃ.
Há uma boa notícia que pode trazer esperança e nos dar força para levantarmos pela manhã e edificarmos nossa vida. Todavia, para entender a boa notícia é necessário saber antes de uma má notícia. Quando Deus criou o ser humano Ele o fez perfeito e com plena felicidade. Entretanto, a queda alterou este quadro. A perfeição deu lugar ao pecado, o qual conduziu o homem à rebeldia e a insensatez, consequentemente ao afastamento do ideal da vida. Para resolver este problema, Deus prometeu enviar um salvador que mudaria a situação.
A boa notícia é que este salvador veio para trazer mudanças profundas e permanentes. Ele veio para redimir a humanidade e resolver o problema central do ser humano, isto é, o pecado: que levou a todos nós há uma condição e comportamento infeliz. A implicação dessa notícia é que somente Cristo pode resolver esse problema humano. Qualquer outro antídoto é apenas paliativo. Por essa razão, todos nós precisamos não de uma autoajuda, mas sim da ajuda do alto.
Essa é talvez o grande diferencial do aconselhamento bíblico para uma consulta psicológica. Pois, só o primeiro tem acesso a essa boa notícia. Só ele apresenta ao homem a sua real história de vida, por meio dos conceitos da criação, queda e redenção.
NAS MÃOS DO REDENTOR.
Muitas vezes, não percebemos como podemos ser um instrumento útil nas mãos do Senhor. Temos a ideia que Deus faz coisas grandiosas por meio de pessoas extraordinárias. Todavia, a Bíblia nos traz vários exemplos de pessoas comuns, que foram grandemente usadas na transformação de outras pessoas. Isso acontece, porque a mudança vem do alto e nós somos apenas ferramentas. Como instrumentos somos transformados à medida que levamos a transformação a outros. É preciso enfatizar que está transformação só acontece por meio da palavra.
Se quisermos ver a transformação na vida dos que ministramos devemos levá-los a maturidade cristã por meio do conhecimento de toda a Palavra de maneira cristocêntrica. Essa maturidade consequentemente deve, também, levá-los ao serviço. O ministério não é feito de um individuo, assim como o corpo não é feito de um único membro. O corpo é feito de vários membros e ele só cresce quando cada parte faz a sua parte.
Devemos obsevar ainda, que nós sempre seremos instrumentos. O personagem principal da história sempre deve ser Cristo. Como instrumentos devemos instruir a outros, a descansarem na soberania de Deus ao invés de apoiarem em si mesmos; na sua graça, ao invés de suas obras e a se submeterem a sua glória, ao invés de querê-la para si mesmos.
SERÁ QUE REALMENTE PRECISAMOS DE AJUDA?
O pecado e o sofrimento estão presentes na vida de todos os seres humanos. Temos conflitos internos que carregamos por toda a vida e estamos cercados de pessoas na mesma situação. Talvez as perguntas a serem feitas são: Por que somos como somos? Como podemos nos tornar um instrumento, a despeito do que somos? A resposta para estas perguntas estão na história da humanidade. Ela é dividida em três partes: Criação, Queda e Redenção.
Quando Deus criou os seres humanos, ele os fez dependentes de uma verdade fora deles mesmos. Suas necessidades não podem ser supridas em nenhum outro lugar longe dela. Por ouvir outras vozes o ser humano deixou está verdade e caiu. A partir daí, o seu coração passou a ser conduzido por outras necessidades sempre insupríveis.
A redenção abre novamente os nossos ouvidos para a voz de Deus. Todavia, a voz enganosa do pecado continua ecoando a nossa volta e por vezes somos tentados a ouvi-la. Então, será que realmente precisamos de ajuda? A resposta é SIM. Todos nós precisamos, e todos ao achá-la devem oferecer a outros.
O CORAÇÃO É O ALVO.
O coração é o centro de todos os seres humanos. As ações exteriores que regem nossa vida nascem no comando central interior. Assim, nossos corações guiam nossos comportamentos. Ele é a fonte primaria dos maus desejos leva ao pecado. Este pecado sempre será uma idolatria. Todos os desejos dos nossos corações são expressões da nossa adoração secreta. Por isso, o coração é também a habitação dos nossos ídolos particulares.
Assim, todos nós somos adoradores, que buscam desesperadamente aquilo que adoramos, em nossos corações. Essa adoração dirige nossos pensamentos, conduz nossas palavras e acima de tudo, muda nossa ação. Em outras palavras, ela determina quem somos e como vivemos. Por essa razão, se o coração é a fonte de todos os nossos pecados, que nos leva a idolatria, que nos escraviza, ele deve ser o alvo da mudança permanente do nosso aconselhamento e do nosso ministério como um todo. A mudança do comportamento gera um fariseu a mudança do coração faz nascer um cristão.
ENTENDENDO A LUTA DO SEU CORAÇÃO
Todos nós vivemos em constantes conflitos. Segundo a Bíblia, estes conflitos são causados não pelos fatores externos, mas sim pelos internos. Eles são filhos dos desejos dos nossos corações. Segundo Tiago, os desejos que se tornam pensamentos e toma forma nos atos e leva a escravidão dos maus hábitos, procedem do nosso coração. Assim, os conflitos têm origem na busca de satisfação dos desejos ilegítimos do seu coração (Tg. 4. 1 - 10).
Por essa razão, sempre que cedemos à estes desejos damos o nosso coração, a outra pessoa que não é Deus e assim cometemos, segundo Tripp “adultério” espiritual. Estes conflitos, também, geram um duelo entre os nossos maus desejos carnais e os bons desejos espirituais (Gálatas 5). Somos derrotados quando, nos conflitos descansamos nas necessidades do nosso coração. Obtemos vitória quando descansamos na zelosa graça de Deus. A qual, arranca os maus desejos e nos conduz a uma vida justa e sensata (Tt. 2. 11-15). A luz disso, precisamos com toda humildade reconhecer que somos pecadores e inclinados para os maus desejos e nos agarramos a graça de Deus.
SEGUINDO O MARAVILHOSO CONSELHEIRO
Para ser um instrumento de mudança do coração das outras pessoas, temos que seguir o exemplo de Cristo, e focalizar nossas energias na mudança do coração, a começar do nosso. Para isso, temos que ir além dos conceitos, e entender que o Deus que se encarnou é ativo e age, a fim de nos levar a viver para sua glória. Todos nós devemos viver (e levar outros a fazer o mesmo) confiados nesta graça salvadora e nessa verdade libertadora, visíveis na encarnação de Cristo.
A graça mostra, que podemos viver a despeito de nós e a verdade que não há outro caminho a seguir. Estas duas verdades sempre levaram as pessoas a Cristo. Nelas estão contidas as explicações de como é Deus e de como as pessoas pensam e vivam. Por isso, a encarnação de Cristo nos convoca a sermos embaixadores de Cristo, isto é, vivermos de acordo com sua encarnação e apelarmos para que outros corações a fazer o mesmo.
Segundo Tripp podemos ser os embaixadores agindo de quatro maneiras: 1ª Amar a ponto de construir relacionamentos fortes; 2ª Conhecer além da superfície, isto é, conhecer o coração; 3ª Falar a verdade de Deus, de modo especifico, ajudando a pessoa a ver a vida na perspectiva de Deus; 4ª Fazer com que a pessoa aplique essa verdade de maneira prática no dia a dia.
AMAR
CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS
AO ENTRAR EM SEUS MUNDOS.
No âmbito ministerial mais importante que ensinar às pessoas as verdades sobre Deus é amá-las de verdade. O amor de Cristo é a base da nossa esperança pessoal e a expressão dele, a única maneira de alcançarmos de fato as pessoas. O nosso relacionamento com as pessoas devem seguir o modelo do relacionamento de Deus conosco, o qual é amoroso e redentor. Assim, precisamos amar as pessoas e construir relacionamentos que encorajem uma mudança redentora do coração.
Segundo Tripp, o relacionamento que visa a redenção do coração para glória de Deus tem alguns elementos: O primeiro é entrar no mundo da pessoa. Para isso, é necessário entrar pela porta certa é que de fato conduz as angustias, aos sentimentos, e aos desejos presentes no coração. Segundo Tripp, para isso, é necessário manter a atenção na conversa com a pessoa: nas emoções reveladas; nas interpretações feitas sobre o problema; e nas declarações sobre si mesma e sobre Deus.
O segundo elemento é encarnar o amor de Cristo - O método de Deus para mudar as nossas vidas foi nos amar. Como embaixadores de Cristo somos convocados há não apenas falar sobre o amor de Deus, mas acima de tudo para sermos uma ilustração viva deste amor.
CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS
PELA IDENTIFICAÇÃO COM O SOFRIMENTO.
Vivemos em um mundo marcado pelo sofrimento. Todos os seres humanos sofrem, a única diferença entre um e outro é o grau de sofrimento. Por essa razão, o terceiro elemento para um relacionamento que visa a redenção do coração é identifica-se com o sofrimento. Como Cristo se identificou conosco (Hb. 2. 10 – 12), nós devemos nos identificar com as lutas das pessoas e nos colocar ao lado delas com humildade e sinceridade. Além disso, precisamos ver e levar as pessoas a enxergar também, que o sofrimento tem um propósito redentivo. Segundo Tripp, ele leva-nos à experiência do conforto de Deus, produz a habilidade de confortar a outros e resulta em uma comunidade de esperança redentiva. (Cf. 2 Co. 1. 3 – 11).
O quarto elemento do amor é alinha-se ao plano. É errado, durante os sofrimentos das pessoas, condená-las pelos seus sofrimentos. Essa não é a hora de apontar o erro, mas de buscar a solução, através da apresentação da graça. Por outro lado, essa graça deve levá-las a mudança do coração e do comportamento. Mesmo em meio às lutas, precisamos levá-las terem o caráter de Cristo.
CONHECER
CONHECENDO AS PESSOAS.
Via de regra conhecemos menos as pessoas do que realmente imaginamos conhecê-las. De modo geral, isso acontece porque as conversas são apenas no âmbito das coisas habituais da vida, e por isso, nossos relacionamentos são superficiais, o que nos impedi de enxergar as necessidades das pessoas. Não se pode ministrar bem a uma pessoa se você de fato não a conhece bem.
A mudança do coração envolve uma vasta base de informações. Para entrar no mundo da pessoa precisamos, assim como Cristo (Hb. 4. 14 -16), é necessário investir tempo na tarefa de fazer perguntas, e escutar bem as respostas, a fim de discernir se suas conclusões estão corretas. Segundo Tripp, isso só é possível por meio de boas perguntas. Estas devem ser: perguntas abertas que evitem uma resposta fechada: “sim” ou “não”; perguntas específicas; perguntas que tragam respostas esclarecedoras e dados relevantes; e finalmente, perguntas progressivas que possam trazer luz as respostas anteriores. Em suma, as boas perguntas revelará o que realmente se encontra no coração da pessoa. Elas mostraram o que de fato precisa ser mudado.
DESCOBRINDO ONDE A MUDANÇA É NECESSÁRIA.
O ministério bíblico tem êxito quanto conseguimos fazer a “exegese” da pessoa de maneira bíblica, a fim de aplicarmos na vida dela, a nossa exegese bíblica. Paul Tripp mostra-nos, que isso é possível, por meio das respostas as seguintes perguntas: O que está acontecendo? As respostas a essa pergunta mostrará a situação histórica (tanto passada como presente), na qual o problema tem ocorrido. O que a pessoa faz em resposta ao que está acontecendo? Essa pergunta desvendará respostas que levará o conselheiro aos temas padrões, os quais guiarão os conselhos dados. O que a pessoa pensa sobre o que está acontecendo? Está pergunta divulgará os pensamentos e começará a abrir a porta do coração e mostrará, o que a pessoa pensa da vida. O que a pessoa quer do que está acontecendo? A resposta a esta pergunta revelará as motivações, presentes no coração.
Estas perguntas são como ganchos e ajuda o conselheiro a identificar as informações, que ele ainda precisa. Além disso, e acima de tudo, elas revelam o que se encontra por traz do comportamento do aconselhando, isto é: o que ele realmente quer; quais os desejos que governam o seu coração; e quais os ídolos já estão no controle de sua vida. Esses dados levará o conselheiro a descobrir, onde de fato a mudança é necessária.
FALAR
O ALVO DE FALAR A VERDADE EM AMOR.
Uma das principais virtudes do conselheiro bíblico é o de falar a “verdade em amor”. A repreensão pode produzir mudanças necessárias, mas se não for feita com amor gera revolta. Paul Trpp, a luz de Levítico 19. 15- 18 –nos relata alguns princípios para uma boa confrontação. De início, destaca que se amarmos a Deus de forma plena, nossa confrontação será a extensão deste amor. Em seguida, diz que se amarmos o próximo como a nós mesmos, seremos motivados confrontá-lo (por causa do amor) e fazemos isso de maneira sincera.
Tripp mostra ainda, que a confrontação deveria ser mais um estilo de vida que uma ação eventual. Deveríamos ter o hábito de conversar francamente sobre todas as áreas da nossa vida. Por outro lado, a confrontação bíblica jamais pode ser motivada por impaciência, frustração, mágoa ou ira. Por essa razão, a confrontação nunca deve levar a pessoa a lidar com o conselheiro, mas sim colocá-la diante de Deus. Também, precisamos lembrar que antes de qualquer confrontação devemos analisar nosso próprio coração e vermos se estamos fazendo-a com a motivação certa. Finalmente, a confrontação de sempre visa à transformação do coração de quem confrontamos.
O PROCESSO DE FALAR A VERDADE EM AMOR
Falar a verdade em amor é muito mais que ler para as pessoas uma lista de textos bíblicos, sobre determinadas situações. Pelo contrário, o processo de confrontação envolve muito mais elementos. Paul tripp destaca quatro passos para entendermos este processo.
O primeiro é a consideração. Segundo Tripp, cinco perguntas podem ajudar as pessoas a verem o que Deus quer que elas vejam, a saber: O que está acontecendo? (revela a situação); O que pensava e sentia enquanto isso acontecia? (abre a porta do coração); Qual foi a sua reação? (expõe o comportamento); Por que fez isso? (desvenda as motivações do coração); Qual foi o resultado? (Mostra as consequências). Esse primeiro passo do processo, dá às pessoas o verdadeiro discernimento e visão, não apenas do seu comportamento, mas acima de tudo, do sistema de adoração que conduz sua ação ao longo da vida.
Após analisar os desejos do seu coração a luz da Bíblia surge naturalmente os pecados secretos. Diante disso, devemos conduzir as pessoas ao segundo passo: a confissão. O conselheiro deve levar as pessoas a quem aconselha a confissão, arrependimento e abandono dos seus pecados do coração e do comportamento. Essa atitude deve ser sempre tomada e executada pelas pessoas. O conselheiro jamais deve fazer no lugar delas. Somente a confissão individual levará ao abandono dos velhos ídolos, e uma adoração sincera a Deus.
A confissão e o arrependimento compõe o aspecto de “despojar”. O terceiro passo, compromisso, é o início do aspecto “revestir” (Cf. Ef.4. 22-24). Aqui o conselheiro não pode romantizar ou suavizar a decisão de um profundo compromisso com Deus que envolva o coração e a vida. Além disso, esse compromisso deve envolver a adoração vertical e não uma barganha com coisas horizontais.
O processo finaliza com mudança. Essa logicamente é fruto de todo processo. Ela é a aplicação do discernimento e dos compromissos novos compromissos assumidos no viver diário. Paul Tripp observa acertadamente, que a mudança deve acontecer naturalmente.
FAZER
ESTABELECENDO O PLANO
E ESCLARECENDO AS RESPONSABILIDADES
Esse último aspecto do modelo proposto por Triip, Fazer, tem como objetivo ensinar as pessoas a aplicar a verdade aprendida, o discernimento adquirido e os compromissos feitos. Ele assevera, que o plano de Deus para as nossas vidas não é mudar as situações externas e os relacionamentos para que possamos ser felizes, mas nos mudar por meio das situações e dos relacionamentos para que sejamos santos. A mudança deve acontecer dentro de nós e não fora de nós. Se santidade é o alvo de Deus devemos ajudar as pessoas a alcançá-lo, por meio do processo de Deus.
Para alcançar este alvo Tripp propõe quatro objetivos necessários para encorajar a mudança (neste capítulo ele aborda apenas dois). O primeiro é estabelecer um plano de ministério pessoal que será uma espécie de mapa e que dará um sentido de direção, ou seja, mostrará o destino e dirá como chegar lá. Três perguntas devem ser feitas aqui neste plano: O que a Bíblia diz sobre a informação coletada? Isso levará a examinar os dados coletados através das “lentes” (como diria Calvino) dos grandes temas das escrituras e moldará as respostas que daremos aos problemas das pessoas. Que mudança Deus quer fazer nesta pessoa? A resposta a essa pergunta aponta onde é o destino a ser alcançado. Finalmente, quais são alguns métodos bíblicos para alcançar os alvos de Deus para a mudança? A má metodologia pode comprometer todo processo. Essas perguntas, ajudam o conselheiro a saber para onde ir como ir.
O segundo objetivo é esclarecer as responsabilidades. A resposta à pergunta: O que eu devo fazer? Deve ser algo claro para o aconselhado. Sobre a responsabilidade, Paul diz que há três tipos de categorias: Os irresponsáveis; os excessivamente responsáveis e os genuinamente confusos. O primeiro não faz o que deveria fazer; o segundo quer fazer o que Deus deve fazer; e o último não sabe o que fazer. O conselheiro precisa conduzir as pessoas a fazerem em espírito de alegria, submissão e obediência o que dever fazer e em um espírito de confiança e descanso, deixar Deus fazer o que só ele pode fazer. Isso trará paz e evitará frustrações.
INFUNDINDO A IDENTIDADE EM CRISTO
E PROVIDENCIANDO A PRESTAÇÃO DE CONTAS.
O encorajamento e a prestação de contas são partes importantes no processo de aplicação da verdade e na formação do caráter de Cristo na vida do aconselhando. Neste capítulo Paul Tripp, aborda os últimos dois objetivos (3º e 4º) necessários para encorajar a mudança.
O terceiro objetivo é infundir a identidade em Cristo. Para isso, o conselheiro precisa mostrar ao aconselhando quem ele é. Ele precisar fazê-lo entender que agora ele está em Cristo, e é uma nova criatura. Analisando 2 Pedro 1. 3-9, o autor destaca que há pessoas que não produzem frutos e a razão disso é a falta de virtudes ligadas ao de caráter (v. 5 – 9). A falta de frutos acontece, porque as pessoas se esquecem de quem de fato são (v. 9), pois, em Cristo temos tudo o que é necessário para uma vida de piedade (v. 3). Além disso, o propósito de Deus não é a nossa felicidade pessoal, mas participar plenamente de Sua natureza divina (v. 4). Tudo isso muda radicalmente a maneira como nos comportamos no dia a dia.
O quarto e último objetivo é proporcionar a prestação de contas. Muitas pessoas tem uma ideia errada do que de fato é a prestação de contas. Prestação de contas, não é agir como um detetive que à espera de pegar alguém fazendo coisas erradas. Ao contrário, a prestação de contas visa advertir amorosamente, e encorajar ativamente alguém que está disposto a experimentar, a mudança que Deus deseja operar em sua vida. Como os discípulos, as pessoas que dão os primeiros passos na fé, ainda se encontram confusas e com medo.
Segundo o autor, a prestação de contas proporciona: Estrutura - Ela ajuda a pessoa se organizar para fazer algo pela primeira vez; Auxilio – A pessoa nunca estará sozinha; Encorajamento – Ela terá alguém para lhe incentivar a continuar. Advertência – Ela terá alguém que “puxará sua orelha” na desobediência e rebeldia. Assim, a prestação de contas é fundamental no processo de “despojar” e “revestir”.
APÊNDICES
APÊNDICE 1
ABRINDO OS OLHOS CEGOS:
MAIS UMA OLHADA NA COLETA DE DADOS.
Neste apêndice, Paul Tripp focaliza a função da coleta de dados que ele chama de “abrir olhos”. Nele Tripp, examina a natureza da cegueira que todos os pecadores experimentam e mostra, o que é preciso trazer para o papel de instrumentos de Deus.
O autor inicia falando das máscaras da cegueira espiritual. Destaca, que ela é uma condição de todo pecador e de todo aconselhado. Entretanto, por ela ser enganosa nem todos consegue reconhecê-la e admiti-la. Tripp, mostra as alguns tipos de máscaras que precisamos reconhecer.
Máscara de uma percepção exata de si mesmo. Muitas pessoas não reconhecem sua cegueira espiritual, porque têm uma ideia errada de si mesmas. Elas ao longo da vida olham por espelhos culturais, sócias ou psicológicos, e por essa razão tem uma visão de si mesma destorcida, em relação a palavra de Deus.
Máscara de provações e testes. Muitas pessoas chamam as consequências do seu comportamento de “provações” e as coisas boas das mãos de Deus de “testes”.
Máscara das necessidades. Para estas pessoas, os problemas da vida são frutos de necessidades não supridas. Para elas, se as necessidades forem supridas tudo está bem.
Máscara do conselho sábio. Estas pessoas confundem pontos de vistas mundanos e que alimentam os ídolos de seu coração com conselhos sábios.
Máscara do discernimento pessoal. Muitas pessoas confundem analise lógica da vida, a luz da interpretação distorcidas da vida, vistas com os óculos dos desejos do seu coração com discernimento do que de fato é correto.
Máscara do senso de valores. Muitas pessoas não reconhecem sua cegueira espiritual, porque está mascarada por um forte e enganoso senso do que é certo e errado.
Máscara do conhecimento teológico. Muitas continuam cegas, por que elas têm um aparente conhecimento teológico, mas que não a conduz de fato a uma maturidade cristã que traga uma transformação profunda do coração.
Máscara da santidade pessoal. Muitas pessoas não veem a vida de maneira bíblica, porque seguem um padrão de santidade legalista, que não tem nada a ver com o padrão de Deus e que não as conduz a uma maturidade cristã e comunhão com Deus.
Máscara do arrependimento. Muitas pessoas pensam que pelo simples desejo de mudar ou de procurar ajuda já estão demonstrando sinais de arrependimento. Todavia, esse suposto arrependimento nunca é visível em mudanças verdadeiras.
APÊNDICE 2
O QUE O CONSELHEIRO TRAZ PARA
O PROCESSO DE COLETA DE DADOS.
No apêndice anterior o autor aborda a cegueira espiritual, que está presente na vida de todos. O conselheiro tem que ser um instrumento para abrir os olhos dos seus aconselhando. Porém, o que ele precisa enxergar não é a situação, mas acima de tudo a sua condição. Ou seja, ele precisa enxergar o pecado que habita dentro do seu coração, o qual o faz viver cegamente. Para isso, os aconselhados dependem dos conselheiros, para entrarem em seu mundo e verem a sua própria vida, por meio de uma cosmovisão bíblica e piedosa. Segundo Tripp, para isso, o conselheiro deve desenvolver as seguintes qualidades para ajudar os aconselhados:
Trazer objetividade. Muitos aconselhando estão cegos em sua subjetividade. Eles olham a vida pelas lentes de suas suposições, de seus desejos e de sua própria interpretação de tudo que o cerca. Por essa razão, os conselheiros devem trazer seus aconselhados à objetividade dos fatos. Os desejos do coração precisão ser vistos de forma objetiva. Para Tripp, isso pode ser feito através de perguntas objetivas. O conselheiro, deve fazer perguntas que o aconselhando dificilmente faria a si mesmo. Deve fazê-lo enxergar o que ele em sua subjetividade, jamais veria de forma bíblica.
Trazer a clareza do evangelho. Os aconselhados estão cegos, porque perderam de vista ou nunca conheceram a realidade do evangelho em suas vidas. O evangelho traz, pelo menos, três perspectivas para os conflitos do ser humano. Ele traz uma percepção de nós mesmo, de Deus e do processo.
A percepção de nós mesmos. Muitas pessoas enxergam-se por meio de óculos não bíblicos. Elas não veem sua vida à luz do que a bíblia fala sobre elas mesmas. Elas são cegas em relação às reais motivações do seu coração.
Percepção de Deus. Muitos aconselhados tem uma visão muito embaçada sobre a pessoa do redentor. Elas não sabem com clareza quem ele é e o que ele faz. Eles não sabem qual é o seu propósito para suas vidas. Eles não têm uma clara noção de seu pode transformador.
Percepção do processo. A bíblia descreve como Deus ativamente trabalha em nós e através de nós. Todavia, muitos aconselhados não tem uma clara percepção deste processo. Muitos deles desconhecem o processo de santificação que traz a mudança de seu comportamento. Além disso, eles ainda não entenderam qual é o principal alvo de Deus para suas vidas. Eles estão cegos para a verdade de que Deus está mais preocupado em levá-lo a maturidade cristã, que dar-lhe felicidade pessoal no presente.
Trazer propósito. Muitos aconselhados veem aos conselheiros, com propósitos errados. Eles pensam que o maior propósito do aconselhamento é mudar a sua situação. O conselheiro deve mostrá-lo que o maior propósito de Deus é transformar e redimir o seu coração. O que Deus deseja é que ele abandone os ídolos que governam o seu coração e passem a servir a Deus.
Apêndice 3
Estratégias para coletas de dados.
Para romper e vencer a cegueira espiritual, Tripp com base no texto de 2 Co. 10. 3 – 5, propõe três estratégias na coleta de dados:
Localize as fortalezas. Uma fortaleza foi feita a fim de proteger e guardar algo. Assim, as fortalezas escondem os maus desejos do coração. De modo que, todos têm fortalezas de cegueiras espirituais, onde elas são escondidas em esconderijos fortificados.
Demolir a pretensão. Essas fortalezas são construídas com materiais mentirosos (Paulo chama de sofismas v. 5) que precisam ser destruídos. Muitas das pretensões estão baseadas em justiça própria e fundamentadas em mentiras (sofismas) que são erguidas contra a Verdade. O conselheiro deve fazer vim a baixo todas essas pretensões.
Levar cada pensamento cativo. Aqui temos a instrução corretiva da coleta de dados. O conselheiro deve libertar o aconselhando dos sofismas que o escraviza e conduzi-lo a pensar na perspectiva de Cristo. Destronar os ídolos do seu coração e no lugar dele colocar a pessoa de Cristo, por meio do ensinamento da verdade.
Como localizar fortalezas. Segundo o autor para localizamos as fortalezas, devemos prestar a atenção em varias coisas, as quais citaremos na íntegra.
Prestar atenção às questões que deixam a pessoa irada e ou na defensiva durante a coleta de dados – Como conselheiros devemos se bons observadores e estar atentos aos sinais que revelam o que se passa no coração.
Procurar momentos quando a pessoa está fechada e defendendo a si mesma durante a coleta de dados – A maneira como ela conta a sua versão da história revela muito que ela de fato é.
Procurar exemplos de quando a pessoa coloca a culpa de seu comportamento em outras pessoas – Uma das maiores fortalezas é a da culpa e do reconhecimento. O conselheiro precisa mostrar que muitas das situações são consequências dos desejos do coração do próprio aconselhado.
Prestar atenção às ocasiões em que a pessoa construiu claramente uma defesa de seu ponto de vista e de suas ações – Muitas pessoas já veem para o aconselhamento com um discurso defensivo ensaiado.
Como demolir os sofismas. Segundo Paul Tripp, para conseguirmos isso, precisaremos fazer três cosisas:
Procure desvelar evidências de uma visão imprópria de si mesma – Um coração idolatra não geralmente não descreve a si mesmo como de fato é. Durante o aconselhamento o aconselhando aos poucos se revela quem de fato é. Para chegarmos nesse ponto precisamos fazer boas perguntas e estar atentos aos detalhes.
Procure desvelar as distorções que a pessoa tem de si mesma – Muitas pessoas desenvolve sua “teologia” sobre Deus a partir das circunstâncias da vida. Com isso, criam imagens irreais sobre Deus. O conselheiro deve levá-las a conhecer a Deus por meio da Palavra.
Procure desvelar as distorções de modo que a pessoa avalie sua situação – De modo, consciente ou inconsciente a pessoa sempre estar fazendo avaliações. O conselheiro deve ficar atento às suas interpretações; avaliações; aos seus propósitos e alvos; a sua teologia; e as suas emoções.
Como levar todo pensamento cativo a Cristo. A melhor maneira de fazer isso é fazendo boas perguntas. Quando o conselheiro faz boas perguntas, ele consegue revelar a própria pessoa o que estar no seu coração e com isso abre espaço para levá-la a pensar na vida na perspectiva de Cristo.
Como ajudar os aconselhados a estar cientes do seu plano de vida. Como no ponto anterior, Tripp mostra que o caminho começa com perguntas que revelam o coração. Essas perguntas revelará quem está no governo de seu coração. Pode se fazer pergunta como: O que te deixar ansioso? O que de deixar irritado? E assim por diante.
Apêndice 4
Doutrinas que norteiam as tarefas básicas.
As tarefas básicas tem sido uma grande ferramenta no aconselhamento bíblico. Entretanto, ela deve sempre ser guiada por doutrinas sadias. Segundo Paul Tripp, cinco doutrinas devem nortear as tarefas dos conselheiros bíblicos, como se segue:
A doutrina das Escrituras – Os conselheiros bíblicos devem ser guiados e comprometidos com a autoridade e com a suficiência das Escrituras. As tarefas práticas devem ser uma aplicação dessas duas coisas. Essa doutrina exige que todas as tarefas práticas levem os aconselhados as Escrituras. Tanto para conhecer, como para retornar.
A doutrina da responsabilidade do homem – A responsabilidade é uma questão importante no aconselhamento. Todos nós somos responsáveis pelos nossos atos diante de Deus. Essa doutrina exige tarefas práticas, que leve e ajude o aconselhado a olhar para si mesmo e entender quem ele de fato é e a partir disso, escutar mais a Deus.
A doutrina de Deus – Por causa do pecado todos nós temos visões distorcidas de Deus. O aconselhando precisa saber quem Deus é e o que ele faz. Por isso, essa doutrina exige tarefas práticas que façam com que os aconselhados conheçam de forma profunda a pessoa de Deus e a partir daí, coloque suas vidas em conformidade com sua palavra.
A doutrina do pecado – Os problemas dos aconselhados vão além das situações e dos comportamentos. Eles residem no coração pecaminoso e inclinado par o mau. Essa doutrina exige tarefas práticas que conduza os aconselhados a pensarem na maneira como veem a si mesmo (seu coração) a luz do que as Escrituras dizem.
A doutrina da santificação progressiva – O nosso coração e comportamento é mudado pelas escrituras de maneira progressiva e continua. Essa é uma obra ativa e Deus onde ele por meio de sua palavra muda nosso coração, e de igual modo ativa para nós que em um ato de obediência seguimos seus conselhos. Essa doutrina exige tarefas práticas que encorajem os aconselhados no processo de mudança continua e progressiva, além disso, deve criar uma ligação entre elas e outras pessoas.
Apêndice 5
As tarefas práticas e as quatro fases do aconselhamento
Como Tripp mostrou até aqui as tarefas práticas são muito importantes para o aconselhamento. Como já foi visto, ela é mais que um guia de estudo bíblico ou um mero dever de casa. Entretanto, saber dar tarefas práticas, em cada parte do aconselhamento, e de maneira correta é fundamental para o sucesso das mesmas. Neste apêndice Paul Tripp, mostra como podemos aplicar as tarefas práticas, naquilo que ele chama de quatro fases do aconselhamento, como veremos a seguir.
Acolhimento – O alvo do acolhimento é construir relacionamentos de compreensão e confiança com o aconselhando enquanto você ajuda o aconselhando a construir sua esperança em Deus. Por essa razão, nesta fase, as tarefas devem levar a construção de um relacionamento solido baseado na compreensão e confiança. Para isso, é necessário dar tarefas que demonstre a preocupação do conselheiro para com o aconselhado e abra as portas de sua vida.
Entendimento – O alvo do entendimento é obter conhecimento a primeira mão e dirige a atenção para o que importa. O aconselhamento bíblico visa transformar aspectos específicos da vida da pessoa. Enquanto a pregação visa alcançar respostas gerais o aconselhamento visa obter respostas específicas. Todavia, a riqueza de aspectos singulares pode atrapalhar o aconselhamento e tirar o foco do que de fato importa. As tarefas práticas nesta fase deve cumprir este propósito. O conselheiro, por exemplo, não deve pedir para que o aconselhando escreva sobre tudo em seu diário, até o próximo encontro, mas que ele escreva ciosas específicas do seu problema.
Confrontação e consolo – O alvo aqui é ajudar o aconselhado a enxergar a si mesmo de maneira bíblia e responder positivamente as promessas de Deus. Por causa do pecado todos nós precisamos ser confrontados com a Palavra de Deus. Devido às lutas que enfrentamos, todos devemos se consolados pela graça de Deus. Tripp, observa que estas duas coisas tem sido olhadas de modo distorcido. Confrontação tem sido vista como atitude áspera e consolo como atitude tolerante. Usando o exemplo de Natã (s Samuel 12. 1 – 25) o autor mostra a real ideia de confrontação e consolo, isto é, apontar o pecado a luz das Escrituras e amorosamente conduzir ao arrependimento e a mudança do coração. Assim as tarefas práticas, nesta fase deve cumprir o propósito, de por meio de um autoexame, levar o aconselhado a uma confissão verdadeira, arrependimento sincero e a uma mudança visível do coração e do comportamento.
Ação – O alvo desta fase é auxiliar o aconselhado a aplicar as verdades que ele aprendeu a respeito de Deus, de si mesmo e dos outros detalhes da situação que ele vive, fazendo correções bíblicas e assumindo novos hábitos cristãos. Em outras palavras, nesta fase o que foi aprendido deve ser aplicado. Por isso, Tripp, observa que nesta etapa, o conselheiro assume alguns papéis. Primeiro, ele funciona como guia, dando as diretrizes; Segundo, como um amigo dando-lhe consolo e animo; terceiro, como um pastor mantendo o aconselhado responsável diante os elevados padrões de Deus; quarto, como um vigia que alerta quarto aos perigos das tentações e ajudando na estratégia de defesa; E finalmente, como um professor, orientado nas tarefas em geral. As tarefas devem ser dadas de modo a desenvolver, cada um desses papeis ao longo do aconselhamento.
CONCLUSÃO PESSOAL.
Estes últimos dias, estão sendo marcados, por um grande
afastamento dos seres humanos de Deus e de sua Palavra. A consequência disso
tem sido o caos em todas as áreas da vida humana. Quanto mais soluções
horizontais o homem busca mais desorientado ele fica. O grande número de
teorias seculares tem tentado explicar a dor da alma humana, mas sempre sem
sucesso, e a deixa hoje, pior do que se encontrava ontem.
Nesse cenário de caos a tarefa da igreja e principalmente
dos pastores é além de apresentar, aplicar ao contexto específico a
Palavra de Deus. Lídorio assevera que “não basta comunicarmos a mensagem
do evangelho. É necessário fazermos isto na língua do povo, dentro de seu bojo
de compreensão cultural, em sua própria casa e sociedade”.[1] Somente
considerando a importância da aplicação, proclamaremos o evangelho bíblico
com fidelidade e sensibilidade. O que para o entendimento do
mesmo não apenas uma opção, mas uma necessidade vital.
O livro “Instrumentos nas mãos do Redentor” de
Paul David Tripp é uma obra indispensável para o desenvolvimento desta tarefa.
Ele é fruto das aulas e palestras ministradas pelo autor ao longo de seu
vasto ministério. A proposta principal da obra é mostrar que todos
nós somos embaixadores sendo transformados, que serve como instrumentos nas
mãos do Redentor, para ajudar outras pessoas a buscarem, de igual modo esta
transformação. Para Tripp, ser um instrumento de mudança implica em
encarnar o amor de Cristo, identificar-se com o sofrimento da pessoa enquanto
estende a graça que produz mudança. Ajudando-as assim, a viverem como Deus
sempre quis que elas vivessem.
A metodologia usada pelo autor consiste da apresentação
de princípios bíblicos e práticos para o ministério de aconselhamento cristão.
O próprio sumário feito pelo autor dar-nos estes princípios os quais passo a
cita quase que na íntegra.
Precisamos
da verdade de Deus para viver como foi planejado que vivêssemos.
Cada um
foi chamado por Deus para ser um instrumento de mudança de vida, a começar na
nossa família.
Nosso
comportamento está enraizado nos pensamentos e nas motivações do nosso coração.
Cristo
nos chamou para sermos seus embaixadores seguindo sua mensagem, seus métodos e
seu caráter.
Ser um
instrumento de mudança implica em encarnar o amor de Cristo, identificar-se com
o sofrimento da pessoa enquanto estende a graça que produz mudança.
Ser um
instrumento de mudança significa conhecer as pessoas, fazendo boas perguntas e
interpretando-as de maneira bíblica e distinta.
Ser um
instrumento de mudança significa falar a verdade em amor.
Ser um
instrumento de mudança significa ajudarem as pessoas a fazerem o que Deus a
chamou para fazerem, esclarecendo responsabilidades, oferecendo prestação de
contas e lembrando-as de sua identidade com Cristo.
Tripp expõe e ampliar estes princípios de forma didática
e dentro de uma sequência sistemática e lógica, trata do tema com grande
clareza mostrando um vasto conhecimento do assunto, tanto no aspecto bíblico,
teológico e acima de tudo prático. A obra é divida em 14 capítulos, os quais
trazem os passos para um aconselhamento bíblico focado não apenas na mudança do
comportamento, mas na transformação continua do coração. Observa-se com isso
que Paul Tripp não enfatiza a mudança da situação na qual ela vive, mas sim a
mudança de seu coração por meio das Escrituras que a levará a abandonar os seus
velhos e conhecidos ídolos e adorar somente a Deus, o que consequentemente
mudará a sua situação.
Está é sem dúvida a maior necessidade dos evangélicos
brasileiros, os quais movidos pela “teologia da prosperidade” ou “confissão
positiva” tem buscado nas igrejas e nos pastores apenas a mudança da situação
externa na qual vive. Querem que Deus mude suas financias, famílias, vidas, mas
não estão dispostas a uma mudança profunda dos seus corações e comportamento.
Até mesmo suas orações são para alimentar os desejos idolatra dos seus corações.
A leitura da obra foi bem produtiva, pois, de maneira
bíblica, profunda, simples e ilustrativa foi possível conhecer os principais
princípios que regem um aconselhamento fundamentado na Bíblia. Assim, grande
contribuição da obra é que ao apresentar de maneira sistemática estes
princípios o que tem feito desta obra um manual de estudos nesta matéria. A
prova disse é que ela tem sido uma das obras mais usadas pela maioria dos
seminários reformados do mundo. Pois, embora vivamos em contextos e situações
diferentes os princípios bíblicos abordados sobre o aconselhamento bíblico,
tácitos nela, falam do nosso maior problema: a idolatria do nosso
coração. Para todos estudiosos e leigos interessados em aconselhamento
bíblico, este é um livro que não pode faltar na biblioteca.
Soli Deo Gloria
Jailson Santos
Bela análise do livro meu irmão...Ab
ResponderExcluirBela análise do livro meu irmão...Ab
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