Noé: O fim é apenas mais um começo
Série – Noé: O
fim é apenas mais um começo
Parte 1: Um corrompido, um Deus gracioso e um homem de fé.
Texto base: Gênesis 6. 5-22.
INTRODUÇÃO
Centenas
de milhares de pessoas que vivem em regiões de risco de furacões quando
avisadas pelos órgãos competentes sobre o iminente risco que suas vidas estão
correndo forjem para salvá-las. Seria maravilhoso se as pessoas responderam aos
avisos de Deus em relação aos seus julgamentos com o mesmo fervor! No entanto,
as pessoas, em sua maioria, são lerdas em compreender a seriedade de tal fato.
É assim no nosso tempo e foi assim no tempo de Noé. Deus é paciente, mas não é tolerante
com o pecado. Por essa razão, ele julgou o mundo corrompido dos tempos de Noé e
trouxe águas que inundaram toda terra. Vejamos inicialmente como era a
corrupção nessa época.
1.
UM MUNDO CORROMPIDO.
“O Senhor viu que a perversidade do homem
tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração
era sempre e somente para o mal” (Gênesis 6.5). Esse talvez seja o versículo mais contundente
em toda a Bíblia sobre, aquilo que a teologia reformada chama de “depravação
total do homem”. Ele revela a que a criação não se encontra mais na sua forma
original onde “tudo era muito bom”. Depois de uma análise profunda Deus vê a
extensão (“tinha aumentado na terra”), a profundidade (toda a inclinação dos pensamentos do seu coração) e a constância da maldade
(sempre e somente
para o mal).
Análise profunda – “Deus viu”
O
verbo hebraico traduzido como “viu”
(רָאָה), é usado aqui como uma avaliação da
maldade da humanidade de Deus, contrastada com a avaliação do trabalho criativo
de Deus em Gênesis 1, quando ele observou que tudo era bom.[1]
Em outras palavras, o narrador, Moisés, faz um paradoxo direto entre a bondade
da criação em Gênesis 1.31: “E Deus viu
tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom” e a maldade em Gênesis 6.5: “toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal.”
A extensão da maldade – “tinha aumentado na terra”
A
primeira parte do versículo revela como extensivamente
a maldade humana havia se tornado: “a
perversidade do homem tinha aumentado na terra”
(6:5a). A queda de Adão e Eva já evidente
em Caim e Abel atinge agora proporções universais. Não era uma maldade
concentrada em uma rua, vila, bairro, cidade ou país. Era uma maldade
generalizada. De norte a sul e de leste ao oeste, o ser humano vivia na prática
da maldade. O pecado já tinha se tornado
uma epidemia em toda terra.
Profundidade maldade – “toda a inclinação dos pensamentos do seu coração”
Deus
viu não apenas as ações reais da maldade, ele viu também, a motivação mais
profunda para tal ato, isto é, o coração, que o centro da vida humana. O que
ele viu foi uma corrupção total e em grau mais agudo possível. O pecado tinha permeado profundamente no coração de cada ser humano: “toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal” (6:5 b).
A
palavra-chave neste versículo é a palavra “inclinação” (NVI) ou “desígnio”
(ARA). Esta palavra vem do verbo que
descreve um oleiro no ato de formar e moldar o seu vaso (Isaías 29.16). A forma
substantiva da palavra “inclinação” é usada em Gênesis 2.7 para a formação do
homem: “Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou
em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente”. No
entanto, não muito tempo depois, o que Deus formou e inclinou para o bem, vivia
“sempre e somente para o mal”. O
homem que foi criado com o coração inclinado para fazer o bem e que com a queda
tornou-se inclinado também para o mal, era agora sempre e somente para o
mal. Adão
tinha conhecido o bem e o mal, esta geração, no entanto, conhecia somente o
mal.
A
maldade interna tomou corpo e vida nas mais diferentes esferas da sociedade. No
verso 11 se ler: “Ora, a terra estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de
violência”. As duas palavras, “corrompida” e “violência”, nos dão o caráter e a
expressão do pecado, na sua relação causa e efeito:
·
Casamentos
baseados na luxúria. (Gênesis 6. 1-4).
·
Foi
um tempo de poligamia (Gênesis 4.23)
·
Governos
ímpios (Gênesis 6.4)
·
Violência
prevalecia (Gênesis 6.11)
·
Assassinato
era predominante (Gênesis 4.10; 24)
·
As
pessoas tinham perdido o respeito da imagem de Deus no homem (Gênesis 9.5-6)
·
Os
Homens eram corruptos (Gênesis 6.12)
·
Era
uma época de apostasia (Gênesis 6.2)
·
A
Palavra era totalmente rejeitada (Gênesis 6.3)
Em Gênesis
6.6, Moisés escreve: “Então o Senhor
arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra; e isso cortou-lhe o coração”.[2]
Observe o contraste entre o coração dos ímpios e do coração de Deus. Enquanto o
dos primeiros era cheio de maldade e insensibilidade, o de Deus era e é cheio
bondade e sensibilidade. Este contraste ganha ainda mais vida nas expressões: “arrependeu-se de ter feito o homem sobre a
terra; e isso cortou-lhe o coração”.
A raiz
hebraica do verbo “arrepender” (נָחָם - nakham) reflete a ideia de “respirar
ou suspirar profundamente”. Esta palavra era usada para expressar a forma mais
intensa de uma emoção, uma mistura de tristeza, raiva, angústia e dor. A
expressão “Deus se arrependeu” é um ANTROPOPATISMO, ou seja, “a tentativa de
Deus se expressar, referindo-se aos sentimentos humanos como se ele tivesse os
tais”.[3]
Por
isso, quando o narrador diz que “Senhor arrependeu-se de ter feito o homem
sobre a terra” não é a mesma coisa que dizer: “Eu não o teria feito homem, se eu
soubesse que isto ia acontecer”. Como assevera John Piper, Deus é capaz de
sentir tristeza por um ato que Ele praticou mesmo diante de sua presciência de
mal e dor, e, ainda assim, levar o ato avante e concretizá-lo tendo em vista
razões sábias. E mais tarde, quando olha para seu ato passado, Ele sente
tristeza que o ato levou a tristes reações, tais como a desobediência deste
povo.[4]
Isso é
o que Calvino chamava de acomodação, isto é, Deus desce ao nosso nível,
adapta-se à nossa capacidade. Vemos isso na encarnação, nas Escrituras, nos
sacramentos e na pregação. Nas Escrituras, Deus balbucia a nós, fala-nos como
uma ama fala a um bebê. Assim, Deus é descrito aqui em termos que podemos
compreender, e para revelar a resposta do seu coração ao pecado humano: se
arrependeu ou e sentiu dor (“isso
cortou-lhe o coração”).[5]
Além
disso, que Deus se arrependeu não significa que ele mudou seu plano eterno.
Deus é imutável em seu Ser, perfeições e propósitos. Nada impede o conselho da
sua vontade (Ef. 1.11). Temos a nossa preciosa garantia dessa verdade em
Números 23.19: “Deus não é homem, para
que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele
prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”
Em Gênesis 6.7, Moisés escreve: “Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, os homens e
também os animais grandes, os animais pequenos e as aves do céu. Arrependo-me
de havê-los feito”. Esse verso aponta para o juramento Soberano de Deus. Em muitos contextos do Antigo Testamento, o termo !ydIîy" (“julga”) tem um
sentido jurídico. Normalmente descreve a atividade de uma pessoa que age
como intermediário entre duas partes em conflito. O mediador (agindo como
juiz e júri) ouve os argumentos das partes chegar a um veredicto justo e determinar
as ações a serem tomadas.[6] Direferente de muitos julgamentos terrenos que são
injustos o de Yahweh sempre é feito com ~yrI)v'ym (“equidade” - ARA). Este termo
refere-se, a algo sem disniveis. Pode ser ilustrado como uma linha reta sem
nenhuma saliencia. A ideia é que Yahweh Jugou com retidão. Ele não foi injusto
em eliminar os homens pré-diluvianos.
Ainda
hoje Deus é paciente, mas não é tolerante. Quando ouvimos falar de uma nação
invadindo outra nação; um país em uma autodestruição de uma guerra civil; de um
vulcão em erupção; uma onda gigante varrendo aldeias; um terremoto destruindo
cidades inteiras; um incêndio florestal devorando centenas de milhares de
hectares de florestas; uma seca fazendo murchar milhões de hectares de terras
agrícolas; uma epidemia que ameaça acabar com toda a população de uma nação;
estamos ouvindo a advertência enviada pelo Criador: “Arrependei-vos! Julgamento
está chegando!”
2.
UM
DEUS GRACIOSO
A
palavra traduzida como “benevolência” (NVI) também é a traduzida como “graça”
(ARA). Esta é a primeira menção, dessa que é uma das mais belas palavras da
Bíblia (embora tenhamos visto muitos exemplos da graça de Deus, até agora –
Gênesis 6.8). É interessante notar que a palavra hebraica vem de uma raiz que
significa “dobrar ou inclinar-se” ou ainda “ser um objeto de outro que tem
disposição favorável.” Assim, graça significa o favor imerecido
condescendente de uma pessoa superior a uma inferior.[7]
Justiça
nos dá o que merecemos e graça nos oferece o que não merecemos.
Noé
não ganhou no braço o favor de Deus, ele o encontrou. Ele era um pecador tanto
como seus contemporâneos (Cf. Gênesis 9.21). Muitos acham que essa tese não se
sustenta pelo fato do narrador o chamar de justo. Todavia, como corretamente
assevera John Piper, no Antigo Testamento, um homem justo é um pecador que
odeia o seu pecado, se transforma a partir dele, confia em Deus, persegue a
obediência, e goza de aceitação pela graça. (Veja o Salmo 32:1-2, 10-11).[8]
Por essa razão, Noé não foi uma exceção à regra da depravação total supracitada.
Ele havia experimentado o que o Antigo Testamento chama de “circuncisão do
coração” (Deuteronômio 30.6) e que o Novo Testamento chama de novo nascimento
(1 Pedro 1.23). Isso deu origem ao arrependimento e à fé.[9]
Sendo
assim, esta palavra é, provavelmente, usada pela primeira vez aqui, porque
Moisés quer nos fazer entender que a justiça de Noé não é fruto de suas obras,
mas um dom da graça de Deus.[10]
Da mesma forma, é somente pela graça de Deus que podemos escapar Seu julgamento
sobre este mundo caído.
Quando
o pecado estava no seu auge, lemos que Noé achou graça aos olhos do Senhor.
Isso é um grande incentivo. Isso significa que, apesar da corrupção, a
violência horrível, imoralidade e degradação ao nosso redor, a graça de Deus
para o indivíduo ainda brilha. Onde o pecado abunda, superabunda a graça (Rom.
5.20). Sua graça trabalha em nós de duas maneiras: Ele nos segura para que não
façamos o mal e nos empurra para fazermos bem. (Ilustração do Dr. Heber pai)
Uma
marca da coerência desta verdade poder ser encontrada na análise da estrutura
literária da narrativa do dilúvio. O texto é moldado na forma de um grande
quiasmo, que é uma estrutura que se volta sobre si mesma. Na estrutura
quiasmática o primeiro item corresponde ao último ponto, o segundo item
corresponde ao penúltimo, e assim por diante. A segunda metade da história é,
assim, uma imagem de espelho da primeira. Este tipo de estrutura literária foi
descoberto em outras partes do livro de Gênesis, mas em nenhum outro lugar ele
é desenvolvido em uma escala tão grande. Isso pode ser em parte devido ao fato
de que a narrativa do diluvio é peculiarmente adequada a esta forma literária.
A
estrutura quiástica mostra que a intenção de Moisés era enfatizar a graça de
Deus na vida de Noé. Parte que ocupa a parte central da história:
INTRODUÇÃO
TRANSICIONAL (6.9-10).
A. Violência (caos)
na Criação (6.11-12).
B. O Senhor decide destruir a terra (6.13-22).
C. O Senhor dá a ordem para entrar na arca (7.1-10).
D. Começa
o diluvio (7.11-16).
E.
Aumentam as águas do diluvio (7.17-24).
F. “DEUS LEMBROU-SE DE NOÉ” (8.1 a).
E.
Diminuem as águas do dilúvio (8.1 b-5).
D. A seca
terra (8.6-14).
C. O
Senhor dá a ordem para sair na arca (8.15-19).
B. O Senhor decide manter a terra (8.20-22).
A.
A paz (Shalom) na
criação de Deus (9. 1-17).
CONCLUSÃO
TRANSICIONAL (9.18-19)
Observe,
então, que a parte principal da narrativa é: “DEUS LEMBROU-SE DE NOÉ” (8.1 a).
A ideia da palavra hebraica “lembrar” não é exatamente a mesma que a nossa
palavra em português. Em hebraico ela significa muito mais do que “recordação
mental de coisas esquecidas”. No hebraico significa agir em cima de
um compromisso anterior, no caso uma aliança. As palavras “Deus se lembrou de
Noé” estão relacionadas com o alinhamento das ações de Deus com suas palavras,
ou ainda com a fidelidade de seu caráter. O Senhor, por exemplo, começa sua
obra de redenção após lembrar-se de sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó em
Êxodo 2.24. Da mesma forma, é a lembrança de Deus em Gênesis 8.1, a qual
acontece logo depois dele anunciar o fim do dilúvio. Deus está preservando o
seu povo, assim como Ele prometeu (Gênesis 6.17-18).
Essa
verdade deve ser tanto um meio de consolo para nossa alma, como um combustível
para nossa fé. Nas profundezas do desespero podemos crer que o Senhor vai se
lembrar de suas promessas. Ele sempre age no momento certo (2 Pedro 3.9). Como
comenta João Calvino: Deus “que prometeu a sua ajuda, irá, no devido tempo,
estar presente conosco, para que possamos realmente perceber o cuidado que ele
tem de nós”.[11]
3.
UM HOMEM DE FÉ
Noé
era um homem de grande fé. Ele creu em Deus. Ele estava convencido de que o que
Deus disse era verdade. Ele acreditou no que parecia inacreditável. Ele
acreditou no julgamento a nível
mundial, o que nunca acontecera antes. No modo
de julgamento, isto é, uma chuva
que inundaria a terra. No meio de
salvação: uma arca (algo que ele nunca tinha visto antes). E finalmente, da
improvável vinda de todos os animais
por conta própria e de dois a dois. No entanto Noé acreditou e o autor da carta
aos Hebreus o colocou na galeria dos heróis da fé ao dizer no verso sete do
capítulo onze: “Pela fé Noé, quando
avisado a respeito de coisas que ainda não se viam, movido por santo temor,
construiu uma arca para salvar sua família. Por meio da fé ele condenou o mundo
e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé”.
A luz
deste texto, aprendemos que Noé tinha
uma fé em 3D.
1. Dimensão da mente: Fé na palavra de Deus – “avisado (por Deus) a respeito
de coisas que ainda não se viam.”
A fé
de Noé era baseada na Palavra de Deus. Ele foi divinamente avisado por Deus e
acreditou em sua Palavra. No mundo de hoje muitas pessoas não têm sua fé alicerçada
na revelação de Deus. Elas têm uma fé que se
circunscreve a si mesma. Em outras palavras, é a velha e conhecida “fé na fé”. Elas acreditam que se elas
tiverem fé suficiente, Deus estará obrigado a fazer qualquer coisa acontecer.
Assim, o problema com a fé dessas pessoas é que ela não está baseada no que
Deus disse por meio de sua Palavra. A verdadeira fé é baseada em uma realidade
(a Palavra revelada de Deus), mesmo que ela ainda não seja vista. A fé vem por
meio da Palavra e nunca além ou aquém dela.
2.
Dimensão do coração: Fé com santo temor - “movido
por santo temor”
Steven
J. Cole nos lembra de que a fé de Noé na Palavra de Deus o conduziu para um
temor reverente em relação a Deus. Noé não apenas temer o juízo iminente, ele
também temia a Deus que ameaçava essa decisão. Ela sabia que aquele que falou e
o universo veio à existência do nada (Hebreus 11.3), era capaz de comandar um
dilúvio para destruir toda a vida humana na terra. E essa verdade não se alojou
apenas em sua mente, ela desceu ao seu coração.
Jonathan
Edwards, em seu Tratado sobre Afeições Religiosas, desenvolve a tese: “A
verdadeira religião, em grande parte, consiste em afeições santas”.[12]
Para Edwards, religião verdadeira não é apenas uma questão da mente, mas também
do coração. Se tivermos fé genuína em Deus seremos movidos por temor reverente
em resposta a sua santidade e as advertências do seu juízo vindouro. Isso é
visto em Noé. As verdades ditas por Deus mexem com mais profundo do seu ser.
3.
Dimensão do comportamento: com obediente ação: “construiu uma arca para salvar sua família”
Há um monte de obediência embalada
nessa curta frase: “construiu uma arca
para salvar sua família”. Não poucas vezes, ouvimos falar de Noé como se
ele fosse o cara que construiu um barco de pesca no quintal de sua casa. Entretanto,
Noé fez mais que isso. Na verdade ele construiu um verdadeiro transatlântico. A
arca tinha “cento e trinta e cinco metros de comprimento, vinte e dois metros e
meio de largura e treze metros e meio de altura.” Foram mais de 1 milhão de
metros cúbicos de espaço. Esta é a capacidade de cerca de 860 vagões
ferroviários. Ela tinha uma capacidade de cerca de 14.000 toneladas de
arqueação bruta.
A fé de Noé pegou no machado, no
martelo, no serrote e construiu arca! Sua fé lhe custou muito tempo, muito dinheiro
e muito trabalho, por mais de um século. Noé perseverou em obediência, até que tudo
foi feito como Deus mandou. Duas vezes Gênesis relata que Noé fez conforme tudo
o que o Senhor lhe tinha ordenado (Gn. 6.22; 7.5).
É curioso observar que muitos
cristãos que creem na predestinação têm memorizado Efésios 2.8-9: “Porque pela
graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus, não
como resultado de obras, para que ninguém se glorie”. Estes também deveriam
aprender Efésios 2.10: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para
boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”.
Aplicação Cristocêntrica: Jesus a Arca da
Salvação.
A
sociedade ainda se deteriora e vive na prática do mal a semelhança daquela dos
dias de Noé. Haverá um fim para o nosso mundo como houve para o mundo de Noé.
Um salvador foi escolhido e já está disponível: Jesus Cristo. Deus providenciou
(assim como no tempo de Noé: a arca) um meio de salvação: A cruz. Homens e mulheres são convidados a virem à cruz, a fim de
terem vida, quando tudo recomeçar no novo céu e na nova terra. No tempo de Noé
eles tiveram que confiar na arca. No nosso tempo temos que confiar na cruz. Os
salvos tiveram que estar na arca para escaparem do grande dia. Nós temos que
estar em Cristo no dia do grande julgamento. Jesus será para nós o que Noé foi
para eles no mundo antigo. Por isso, deixe de lado sua incredulidade e creia
nessa verdade de Deus. Também deixe de lado a ideia de construir com seu próprio
braço seu falso barco salvador. Jogue fora estas madeiras e descanse no madeiro
de Cristo: a cruz.
POSSÍVEIS QUESTÕES PARA PENSAR E DISCUTIR?
1. O que você diria a alguém que
argumentou que todas as pessoas não são tão ruins quanto o versículo 5 indica?
2. Como você responderia a um crítico
que se queixa de que Deus não foi justo ao afogar as pessoas que provavelmente
não teve oportunidade de subir na arca?
3. Quais são algumas maneiras somos
tentados a comprometer-nos com o pecado em nossa sociedade?
4. Se os homens são totalmente
depravados, por que muitos incrédulos fazem boas ações? Será que essas boas
ações refutam essa doutrina? Por que não?
5. Como podemos “diplomaticamente”
avisar os nossos amigos e entes queridos sobre julgamento e ao mesmo tempo ser
bíblico?
6. Como você responderia a um crítico
que diz que você tem uma fé obscura ao acreditar no relato bíblico do dilúvio,
quando não há provas científicas esmagadoras para tal fato?
7. Como uma pessoa pode saber que ela
não pode construir sua própria arca? Em outras palavras, como podemos ter
certeza de que Cristo é verdadeiramente o nosso único Salvador?
[1]
Net notes. Disponível em:
https://lumina.bible.org/bible/Genesis+6. Acessado em 28 de março 2014
[2]
Ross, Creation & Blessing, 184. Apud Keith Krell "Divine
Intervention" (Genesis 6:1-8). Disponível em:
https://bible.org/seriespage/divine-intervention-genesis-61-8. Acessado em 28
de março 2014
[3] Ela é usada em muitos outros lugares
(Cf. Ex 32.14; 1 Sm. 15.11; Jr. 26.3, 13, 19; Jn. 3.10).
[4]http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/03/devocional-john-piper-deus-nao-se-arrepende-como-o-homem/
[5]
Deus não tem coração (no sentido físico da palavra), por isso, temos aqui um
ANTROPOMORFISMO, isto é, “Deus usando as partes humanas para se expressar por
meio de analogias como se ele fosse humano. Serve para trazer o infinito ao
alcance do finito de forma que seja compreendido”.
[6] VINE, W. E. Vine's expository dictionary
of Old & New Testament words. Nashville:
T. nelson publishers, 1997. Disponível na Bíblia eletrônica e-sword.
[7]
Earl Radmacher, Ronald B. Allen, H. Wayne House, eds. New Illustrated Bible
Commentary (Nashville: Nelson, 1999), 18. Apud
https://bible.org/seriespage/divine-intervention-genesis-61-8
[8] http://www.desiringgod.org/sermons/gods-covenant-with-noah
[9]
Ibid
[10]
Há um jogo de palavras no texto hebraico (um anagrama). As mesmas consoantes do
nome de Noé (nh) na ordem inversa significa “graça” (hn). John H. Sailhamer, The Pentateuch as Narrative (Grand
Rapids: Zondervan, 1992), 122. Apud https://bible.org/seriespage/divine-intervention-genesis-61-8
[11]
http://www.ligonier.org/learn/devotionals/god-remembered-noah/
[12]
The Works of Jonathan Edwards
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